Preço dos imóveis encerra 2022 com maior alta dos últimos 8 anos

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Preço dos imóveis encerra 2022 com maior alta dos últimos 8 anos
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O preço dos imóveis residenciais à venda no país encerrou 2022 com alta de 6,16% ficando acima da inflação do ano passado

O preço dos imóveis residenciais à venda no país encerrou 2022 com alta de 6,16%, segundo dados do Índice FipeZap. O resultado fica acima da inflação ao consumidor medida pelo IPCA/IBGE (+5,79%), bem como a variação do IGP-M/FGV (+5,45%). Trata-se da maior elevação anual registrada na série histórica do índice desde 2014, ano em que se apurou uma valorização de 6,70% nos preços de venda de imóveis residenciais.

O aumento de preço dos imóveis em todo o país pode ser explicado como reflexo dos anos anteriores (2020 e 2021) que tiveram um boom ocasionado pela chegada da pandemia de coronavírus. Pedro Tenório, economista do DataZAP+, explica que no período houve uma manutenção da taxa de juro em um patamar mais baixo, e consequentemente, uma taxa de financiamento mais atrativa. Somado a isso, a crise sanitária obrigou o consumidor a repensar sobre a moradia.

“O mercado aqueceu. O FipeZAP+ começou a refletir isso com uma valorização mais rápida dos imóveis. Mesmo assim, em 2020 e 2021, a valorização ainda perde para o IPCA. Em 2021, em particular, o FipeZAP+ fica em 5,5%, enquanto o IPCA fica em 10%, ou seja, ainda bastante acima. Em 2022, o que acontece é a inversão deste cenário, com o preço do imóvel valorizando mais que os demais itens do IPCA. Só que essa magnitude é muito pequena, com IPCA em 5,8% e o FipeZAP+, em 6,1%.”

Ele acrescenta que o mercado passou por ajuste de preços no ano passado, mas a tendência é que este ano, o cenário diferente. Ele espera um desaquecimento nos preços dos imóveis em 2023, em especial para venda.

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Aumento em quase em todas as cidades

Entre as 50 cidades analisadas, 49 apresentaram aumento nominal nos preços. A exceção foi a cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, que fechou o ano em queda de 1%. Entre as capitais, as maiores altas foram registradas por Vitória, com aumento de 23,23%; seguido por Goiânia, com alta de 20,91% e Campo Grande, com incremento de 14,03%.

Na sequência aparecem Curitiba (+13,64%); Maceió (+13,22%); Recife (+11,35%); Florianópolis (+11,33%); João Pessoa (+10,26%); Fortaleza (+8,29%); Manaus (+7,32%); Belo Horizonte (+6,86%); Salvador (+5,98%); São Paulo (+5,06%); Porto Alegre (+2,42%); Rio de Janeiro (+2,20%) e Brasília (+1,31%).

Em relação ao preço médio do metro quadrado, em 2022, o valor foi de R$ 8.321. Entre as 16 capitais incluídas, Vitória apresentou o valor do metro quadrado residencial mais elevado no mês (R$ 10.481/m²), seguida por São Paulo (R$ 10.196/m²), Rio de Janeiro (R$ 9.860/m²), Florianópolis (R$ 9.569/m²), Brasília (R$ 8.726/m²) e Curitiba (R$ 8.522/m²).

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Em contrapartida, considerando as capitais com menor preço médio de venda residencial, é possível ressaltar as seguintes: Campo Grande (R$ 5.232/m²), João Pessoa (R$ 5.430/m²), Salvador (R$ 5.649/m²), Manaus (R$ 6.136/m²) e Goiânia (R$ 6.182/m²). Veja tabela abaixo:

Cidades Variação em dezembro Variação em 2022 Preço médio (R$/m²)

São Paulo (SP) 0,24% 5,06% 10.196

Rio de Janeiro (RJ) 0,07% 2,20% 9.860

Belo Horizonte (MG) 0,10% 6,86% 7.623

Brasília (DF) -0,53% 1,31% 8.726

Salvador (BA) -0,48% 5,98% 5.649

Fortaleza (CE) 0,63% 8,29% 6.848

Recife (PE) 1,11% 11,35% 7.239

Porto Alegre (RS) 0,47% 2,42% 6.540

Curitiba (PR) 1,01% 13,64% 8.522

Florianópolis (SC) 0,82% 11,33% 9.569

Vitória (ES) 1,17% 23,23% 10.481

Goiânia (GO) 1,47% 20,91% 6.182

João Pessoa (PB) 0,30% 10,26% 5.430

Campo Grande (MS) 2,17% 14,03% 5.232

Maceió (AL) 1,29% 13,22% 7.191

Manaus (AM) 0,28% 7,32% 6.136

Fonte: Exame

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