O ano de 2024 foi marcado por uma expressiva valorização no mercado imobiliário brasileiro. Segundo o índice FipeZap, que acompanha os preços de imóveis em diversas regiões do país, o aumento foi de 7,7% em média — a maior alta anual desde 2013. Esse crescimento superou a inflação acumulada de 4,64%, resultando em um ganho real de 3,06% nos valores praticados.
Fatores que Impulsionaram a Alta
A expansão econômica e o mercado de trabalho aquecido foram fundamentais para o desempenho positivo do setor. Com a taxa de desemprego atingindo 6,1% — o menor índice da série histórica — e um Produto Interno Bruto (PIB) acima das expectativas, estimado em 3,5%, o ambiente econômico favoreceu a concessão de crédito e a confiança do consumidor.
Apesar da alta da Selic em 2024, que encareceu o financiamentos imobiliário, a demanda permaneceu elevada, especialmente nos segmentos de moradias populares e de médio padrão. Dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) mostram que a carteira de crédito imobiliário cresceu 23% até novembro, refletindo a resiliência do setor.
Destaques Regionais e Perfis de Imóveis
Entre as capitais brasileiras, Curitiba liderou com uma impressionante valorização de 18% nos preços dos imóveis, seguida por Salvador (16,38%) e João Pessoa (15,54%). Balneário Camboriú (SC) destacou-se como a cidade com o metro quadrado mais caro do país, alcançando R$ 13.900. Por outro lado, Betim (MG) registrou o menor custo por metro quadrado.
Em termos de perfis de imóveis, unidades de um dormitório apresentaram a maior valorização, com preço médio de R$ 11.100 por metro quadrado. Essa tendência reflete a crescente busca por unidades compactas, muitas vezes associadas a investidores ou jovens profissionais em busca de praticidade e localizações estratégicas.
Impactos da Alta da Selic
A elevação da taxa básica de juros, determinada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), teve impacto direto no financiamento imobiliário. A redução dos recursos da poupança e as limitações impostas ao teto de financiamento pela Caixa Econômica Federal diminuíram a acessibilidade de algumas linhas de crédito, como a Pró-Cotista. No entanto, mesmo diante desse cenário, o mercado demonstrou força para absorver os custos adicionais.
Perspectivas para o mercado imobiliário em 2025
Com a manutenção de um ambiente econômico positivo e a continuidade de investimentos em infraestrutura, as expectativas para 2025 apontam para uma valorização mais moderada, mas consistente, no mercado imobiliário. A procura por crédito e a dinâmica de oferta e demanda seguirão como fatores cruciais para determinar o ritmo de crescimento dos preços.
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