Imobiliárias preferem a adoção do seguro-fiança

CAROLINE PELLEGRINO

Além do fiador, outras modalidades de garantia conquistam espaço nos contratos de locação.

O seguro-fiança é a preferida por muitas imobiliárias, mas pesa no bolso do inquilino -custa cerca de 1,5 aluguel por ano, quantia que não é retomada pelo cliente.

“Para a imobiliária, a garantia é certa e o recebimento é rápido”, afirma a dona da Ponto Chave Imóveis, Roseli Barbosa, 44.

“No caso do fiador, além da demora da ação de despejo e da execução, a garantia fica enfraquecida se o fiador vende o imóvel, morre ou dificulta a penhora afirmando que é bem de família.”

O depósito caução também é opção para o locatário, mas ele precisa dispor de três aluguéis antecipados.

Para o advogado e diretor de legislação do inquilinato do Secovi-SP (sindicato do setor), Jaques Bushatsky, o uso predominante de fiadores em contratos de locação é mesmo motivado por não haver custos imediatos.

“É a modalidade mais utilizada, pois não envolve dinheiro na contratação”, diz.

Números do sindicato mostram que, em agosto, o fiador foi adotado em 48% dos contratos de locação pesquisados pela instituição em imobiliárias paulistas.

O segundo tipo de instrumento jurídico garantidor mais requisitado foi o depósito caução, que representou 32% do total. O seguro-fiança foi utilizado em 20% das moradias locadas.

Na Lello Imóveis, que administra cerca de 9.000 imóveis, o fiador foi o mais utilizado nos contratos de locação em setembro (62%).

O seguro-fiança foi opção em 24% dos casos, a caução em dinheiro em 11% e tipos menos comuns, como carta-fiança emitida por um banco e a caução de imóveis, representaram 3%.

Fonte: folha.com

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