O vice-presidente de Habitação (VIHAB) da Caixa Econômica Federal, Nelson Antonio de Souza, reafirmou ontem, em Cuiabá, a meta da instituição de recontratação do correspondente a R$ 300 milhões de obras paralisadas do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) do governo federal. Em Mato Grosso, são 6,1 mil unidades paralisadas das faixas 1 e 2, sendo 90% relativos à faixa 1. A proposta é que as obras sejam retomadas até o fim de 2016.
O dirigente também assegurou a contratação de novos projetos do PMCMV – para as faixas 2 e 3 -, e recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), na ordem de R$ 700 milhões. Desta forma, Mato Grosso terá um total R$ 1 bilhão para investimentos neste segundo semestre do ano.
A reunião é fruto de uma articulação do Sinduscon/MT, com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que trouxe a Cuiabá todo o staff técnico da matriz da Caixa Econômica Federal, de Brasília. O evento contou também com a presença do presidente do Sindicato da Habitação (Secovi/MT), Marco Pessoz, do superintendente Regional da Caixa em Mato Grosso, Moacyr do Espírito Santo e de gerentes gerais da Caixa no Estado.
“Não faltarão recursos para a habitação na Caixa em 2016, não será este o problema. Nós temos R$ 93 bilhões para essa finalidade no país só este ano. Estamos garantindo a aplicação social e, agora, com as medidas lançadas há duas semanas alcançaremos esse objetivo. Já aplicamos mais de R$ 38 bilhões, restando 54 bilhões. Desse total, 38 bilhões serão para habitação e 16 bilhões para a habitação de mercado. Isso é importante para a economia, importante para o mercado”, destacou vice-presidente da VIHAB.
Para Julio Flávio, as medidas são um combustível para que o setor continue fomentando o desenvolvimento socioeconômico do país e do Estado, ao mesmo tempo em que cria instrumentos para gerar emprego e renda e a diminuição do déficit habitacional. “A Caixa responde por 70% do crédito imobiliário do país. É o maior agente financiador da construção no Brasil. Por isso é importante medidas econômicas que permitam alavancar o setor e assegurar a retomada do crescimento”, reforça o presidente do Sinduscon/MT.
SUGESTÕES – Durante a reunião, empresários do setor puderam tirar dúvidas em relação a procedimentos de contratação e pagamento das obras. Ao fim do encontro, ficou acordado que Sinduscon/MT apresentará à Caixa um conjunto de sugestões relacionado à análise, condição de contratação e acompanhamento dos projetos em execução. O maior problema enfrentado pelos empresários da indústria da construção tem relação com os normativos que entram em vigor quando o projeto está em andamento.
Fonte: Diário de Cuiabá