Dez integrantes de uma quadrilha que clonava anúncios de imóveis e vendia por menores preços foram presos em Manaus, na ultima quinta-feira (5/01). Segundo a polícia, foram os verdadeiros donos dos imóveis, que eram anunciados pelo grupo, que fizeram as primeiras denúncias.
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do 17º Distrito Integrado de Polícia (DIP), prendeu em flagrante, na tarde de quinta-feira (05/01), por volta das 15h40, um grupo criminoso que aplicava golpes envolvendo venda de imóveis em Manaus. A ação policial ocorreu na rua Gergelim, bairro Chapada, zona centro-sul.
De acordo com o delegado Gesson Aguiar, titular da unidade policial, os infratores atuavam como vendedores de uma construtora situada na capital amazonense, que possuía Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) registrado.
Em postagens nas redes sociais, eram oferecidos imóveis com preços abaixo do valor de mercado, e, além disso, eles facilitavam a forma de pagamento. “Inicialmente, as vítimas de fato estavam vendendo seus imóveis em uma plataforma de uma rede social, e os infratores utilizavam das fotos que estavam disponíveis para publicar em um catálogo da suposta empresa e realizar a venda inapropriada.
Após tomarmos conhecimento do fato, conseguimos identificar os suspeitos e efetuar a prisão em flagrante destes indivíduos”, disse. Apreensão O delegado detalhou que, durante as diligências, foram apreendidos 19 aparelhos eletrônicos, entre computadores e celulares; dez crachás de identificação; uma arma de fogo; uma quantia de dinheiro em espécie; um automóvel da marca Audi, cor preta.
Um dos presos foi apontado pela polícia como suspeito de ser o chefe da quadrilha de estelionatários. Com ele, foi apreendido um carro de luxo, uma pistola, munições, dinheiro, equipamentos eletrônicos e documentos que serão analisados na investigação.
Conforme o delegado, o homem já tinha sido preso há oito meses pelo mesmo crime.”Eu já tinha prendido esse suspeito pela mesma prática, pelas mesmas denúncias, nessa mesma delegacia. Ele saiu na audiência de custódia e continua na prática, porque novamente recebemos denúncias, de pessoas de Curitiba, de imóveis sendo vendidos aqui”, disse o delegado.
A gerente comercial Adriana Lima foi uma das vítimas do grupo. Ela pagou R$ 22 mil de entrada para comprar um imóvel que era vendido pela quadrilha no valor R$ 550 mil. No dia de receber o imóvel, ela foi informada que se tratava na verdade de um consórcio.
“Eu trabalhei a minha vida inteira para realizar o sonho da minha casa própria e eles tiraram esse sonho de mim e da minha família. Até o meu sonho eles tiraram. Hoje eu vivo de aluguel. Quando eu vi a foto deles hoje, me senti realizada”, comentou a vítima.
O delegado alerta para que as pessoas visitem os imóveis, desconfiem de anúncios com valores baixos e de muitas facilidades.
“Como você paga um imóvel sem ver ele fisicamente? Você não sabe se ele existe. Só vendem mostrando foto e pedindo que as pessoas façam o pagamento inicial, pelo preço baixo do imóvel. Você tem que verificar a documentação do imóvel, você tem que ver o imóvel, visitar, antes de fazer qualquer compra”, informou o delegado.
*Com informações de Guilherme Fragas, da Rede Amazônica