Golpe imobiliário oferece imóveis de R$ 270 mil por apenas R$ 5 mil e faz mais de 560 vítimas

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Golpe imobiliário oferece imóveis de R$ 270 mil por apenas R$ 5 mil e faz mais de 560 vítimas
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Um golpe imobiliário envolvendo a venda de imóveis inexistentes fez mais de 560 vítimas em São Paulo. O esquema prometia apartamentos avaliados em R$ 270 mil por apenas R$ 5 mil, atraindo famílias que sonhavam com a casa própria. As vítimas só descobriram que haviam caído em um golpe após realizarem os pagamentos.

A quadrilha agia com sofisticação, utilizando contratos falsificados, visitas simuladas aos supostos imóveis e até assinaturas para pedidos de ligação de energia. As ofertas eram apresentadas como parte de um projeto social, supostamente vinculado ao programa Minha Casa Minha Vida, o que dava uma falsa sensação de credibilidade ao esquema.

Como o Golpe imobiliário funcionava

As vítimas eram atraídas por anúncios que ofereciam apartamentos a preços extremamente baixos. Os golpistas organizavam visitas a terrenos ou prédios para convencer as pessoas de que o projeto era real. Além disso, utilizavam vídeos dos supostos imóveis, planilhas de distribuição e recolhiam assinaturas para formalizar o “processo de aquisição”.

Sandra, uma das intermediárias do golpe, afirmou que também foi vítima. Segundo ela, foi contratada por Juliana Rodrigues de Oliveira para captar famílias interessadas em participar do projeto de moradia popular. Sandra diz que recebia uma ajuda de custo e que todos os valores pagos pelas vítimas eram repassados diretamente para Juliana.

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Contratos falsificados e promessas irreais

Um dos sinais claros de fraude foi a entrega de contratos incompletos ou com informações incorretas. Em vários casos, o contrato continha apenas metade do nome da vítima ou informações faltando, como CPF e endereço completo. Mesmo assim, muitas famílias seguiram em frente, confiando na promessa de que o imóvel seria entregue.

Carlos e Vanessa, por exemplo, desconfiaram do contrato desde o início. Eles perceberam que apenas parte das informações de Vanessa apareciam no documento e, ao mostrarem o contrato para familiares, ouviram o alerta: “Isso parece um golpe.”

Ainda assim, o casal já havia feito um pagamento de R$ 1.400, acreditando que o valor seria definitivo. Depois, foram informados de que o imóvel seria isento de condomínio, o que reforçou a confiança deles no suposto projeto de moradia popular.

Confira o vídeo:

O desfecho e as investigações sobre o golpe imobiliário

Ao todo, 562 famílias foram enganadas, resultando em um prejuízo estimado de R$ 850 mil. As vítimas foram orientadas a registrar boletins de ocorrência para tentar reaver o dinheiro.

A principal suspeita, Juliana Rodrigues de Oliveira, apontada como líder da organização, ainda não foi localizada pela polícia. O Jornalismo do SBT tentou contato com ela, mas não obteve resposta. O caso segue sendo investigado, e as vítimas aguardam justiça.

Como evitar golpes semelhantes

Para evitar cair em golpes como esse, siga algumas recomendações essenciais:

  • Verifique se o corretor de imóveis está registrado no CRECI.
    O registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI) é obrigatório para quem atua na corretagem imobiliária. Essa consulta pode ser feita pelo site do CRECI da sua região e garante que o profissional está habilitado para exercer a função, reduzindo riscos de fraudes.
  • Desconfie de ofertas muito abaixo do preço de mercado.
    Imóveis com valores extremamente baixos podem ser um alerta de golpe. Pesquise o preço médio na região antes de fechar qualquer negócio.
  • Pesquise sobre a empresa ou pessoa envolvida na negociação.
    Veja se há histórico de golpes ou reclamações em sites de proteção ao consumidor.
  • Consulte a documentação em cartórios.
    Verifique se os contratos e registros do imóvel são legítimos. Um documento oficial pode evitar muitas dores de cabeça.
  • Evite pagamentos em dinheiro vivo ou depósitos em contas de terceiros.
    Prefira transferências bancárias identificáveis, que garantem maior segurança e rastreabilidade.
  • Peça ajuda profissional.
    Sempre que possível, consulte um corretor de imóveis de confiança e um advogado especializado em direito imobiliário para analisar os documentos.

Golpes imobiliários infelizmente são mais comuns do que deveriam, especialmente quando envolvem pessoas em busca de uma oportunidade para realizar o sonho da casa própria. Por isso, a cautela e a verificação das informações são fundamentais. Desconfie de promessas milagrosas e priorize sempre profissionais registrados e qualificados para garantir a segurança da sua transação imobiliária.

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