Veja as opções de crédito imobiliário nos bancos privados com as mudanças na Caixa

O banco público não está aceitando novas propostas de financiamento para linhas que utilizam recursos da poupança e destinadas a famílias com renda maior do que R$ 4 mil.

A Caixa Econômica Federal costuma ser a primeira opção quando o assunto é financiamento de imóveis, principalmente por conta das taxas de juros atraentes. No entanto, o banco público passa por ajuste de capital e quem tem pressa para realizar o sonho da casa própria não tem outra opção a não ser pesquisar as condições oferecidas pelos concorrentes.

O banco público não está aceitando novas propostas de financiamento para linhas que utilizam recursos da poupança e destinadas a famílias com renda maior do que R$ 4 mil. Quem busca essas linhas tem hoje, portanto, quatro opções: Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Itaú. O impacto da suspensão de novas propostas na Caixa é grande, visto que o banco responde por 70% do mercado de financiamentos.

Na avaliação do superintendente executivo de Negócios Imobiliários do Santander, Fabrizio Ianelli, o setor começou a reagir às mudanças restritivas da Caixa e a melhora nos indicadores econômicos vem contribuindo para a concessão de crédito. “O mercado imobiliário, no geral, começa a reagir. Porque os bancos estão oferecendo uma taxa mais atrativa, a inflação e a Selic (taxa básica de juros utilizada no mercado interbancário) estão em baixa, o nível de emprego está estável e há melhora na confiança do consumidor. Então, além do cenário macroeconômico ajudar, há uma expectativa no aumento dos depósitos em poupança, que será o combustível para o crescimento do setor”, afirmou.

Para diretora de crédito imobiliário e consórcio do Itaú Unibanco, Cristiane Magalhães, o mercado imobiliário está entrando em um momento melhor. “O que está relacionado diretamente à redução de taxas, e mais discretamente às perspectivas de geração de empregos e volta gradual de confiança do brasileiro. Nosso objetivo é ampliar as possibilidades dos clientes para investirem e tornarem o sonho da casa própria uma realidade”, disse.

De acordo com o economista Fábio Calderaro, desde 2015, período em que a Caixa iniciou a redução da carteira de crédito imobiliário, já se observa melhora na disponibilidade de concessão de crédito por bancos privados, assim, assumindo perceptual maior no setor. “Com a queda da taxa Selic (7% ao ano), o custo capital ficará menor e é bem provável que se tenha um aquecimento do crédito imobiliário. Esse efeito não será de imediato por conta da alta taxa de desemprego e essa retomada pela procura do crédito deve ocorrer no segundo semestre de 2018”, ponderou.

Acesso ao crédito imobiliário

As empresas optam pela praticidade através da contratação online do crédito imobiliário, por exemplo, no Itaú esse processo pode ser realizado pelo site (www.itau.com.br/creditos-financiamentos/imoveis/) ou com o gerente da conta do cliente. Antes de iniciar a contratação, é possível simular previamente as condições e solicitar uma proposta personalizada.

Conforme Magalhães, o financiamento passa pelas seguintes etapas: simulação, análise, preenchimento dos formulários, envio e análise dos documentos, emissão do contrato e liberação de crédito. “Trata-se de um dos fluxos de contratação mais rápidos do mercado, no qual a análise de crédito para imóveis de até R$ 800 mil é feita em até uma hora. Além disso, o acompanhamento do processo pode ser feito online”, explicou a diretora de crédito imobiliário do Itaú, Cristiane Magalhães.

No Santander, a contratação do crédito também é online, por meio do aplicativo Webcasas, sendo necessário apenas a ida à agência no momento da assinatura do contrato, em virtude do registro do contrato no Cartório de Imóveis competente. De acordo com a instituição financeira, a ação é um incentivo à retomada do crescimento do crédito imobiliário no País.

Bancos públicos

A origem do crédito é por meio do Sistema Brasileiro Poupança e Empréstimo (SBPE) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Fontes que alimentam o sistema habitacional brasileiro que utiliza o saldo de 65% da poupança mais o FGTS.

Bancos privados

A captação de recursos é através da poupança e de outros produtos financeiros, entre eles, Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) com renda fixa, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e a Letra Imobiliária Garantida (LIG) que aguarda regulamentação do Banco Central.

Confira as séries de medidas implementadas pela Caixa:

Reduziu para 50% o limite de financiamento de imóveis usados;

Reduziu o limite para financiar novas unidades de 90% para 80% do valor do imóvel

Encerrou a linha pró-cotista do FGTS, a mais barata depois do Minha Casa, Minha Vida;

Passou a adotar limites mensais na liberação do crédito imobiliário;

Foi o único banco que não reduziu os juros neste ano diante dos cortes da taxa Selic;

Deixou de ser o banco com as menores taxas para financiar a casa própria (Veja tabela acima).

“Desde 2015, a Caixa diminuiu a oferta de crédito imobiliário por conta da crise e da queda na demanda, do desemprego e a alta do juros, assim, o crédito imobiliário ficou caro no Brasil. Com as vantagens das Letras Imobiliárias Garantidas, que possuem dupla proteção, será bom porque a poupança deixará de ser a principal fonte de financiamento do setor. Com isso, teremos maior participação dos bancos médios e pequenos, fomento do setor de crédito imobiliário e aquecerá o mercado pela lei da oferta e da demanda. É bem provável que isso ocorra e também associando a queda de juros no País. Espera-se que o País entre em uma fase de juros baixos e que pessoa física e jurídica ‘tomem’ dinheiro para o crédito imobiliário”.

Fonte: acritica

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