O mercado imobiliário começa a sentir a ressaca do boom (2007/2010). A retração de lançamentos para o equilíbrio de oferta foi o primeiro sintoma. Agora a redução das vendas define o diagnóstico. Depois da “boomnança”, é hora dos ajustes.
Belo Horizonte é a cidade que apresenta até o momento o quadro mais grave. Segundo levantamento do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), a venda de imóveis novos caiu 39,91% na comparação de 2011 com 2010. Foram comercializadas 3.726 unidades no ano passado contra 6.201.
Não tão drástico quanto o de Belo Horizonte, o desempenho do mercado de São Paulo também foi negativo, o pior desde 2005. Segundo pesquisa do Secovi-SP, os 28,4 mil imóveis novos vendidos na capital paulista em 2011 representaram um volume 21,2% inferior ao resultado de 2010. A diminuição da quantidade refletiu na movimentação financeira, inferior em 15,3% no comparativo entre os dois anos.
E Salvador? Ao contrário de períodos anteriores, no último biênio, a Ademi-BA, entidade responsável pela pesquisa de mercado, não tem divulgado os dados da capital baiana, embora o Sebrae-BA tenha alocado recursos para o desenvolvimento de um novo sistema para o levantamento das informações.
A expectativa era que o novo sistema, já implantado, fosse dar mais celeridade à pesquisa. Ledo engano. O BNI há várias semanas vem tentando obter informações sobre o mercado com um dirigente da Ademi-BA, mas até hoje necas e pitibiribas.
Por Pacheco Maia
Fonte: Bahia Notícias