Caixa Econômica promete reduzir pela metade o tempo de liberação de recursos para financiamento imobiliário

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Caixa Econômica promete reduzir pela metade o tempo de liberação de recursos para financiamento imobiliário
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Carlos Vieira, presidente da Caixa Econômica Federal, anunciou que o banco está trabalhando para agilizar a liberação de recursos destinados ao financiamento imobiliário. A expectativa é que, até o terceiro trimestre de 2025, todo o processo burocrático seja digitalizado, incluindo a emissão de documentos cartoriais, como a escritura do imóvel.

“Os clientes que contratarem crédito imobiliário conosco não precisarão mais se deslocar até um cartório”, afirmou Vieira. Com essa medida, ele estima que o tempo médio para a aprovação e liberação dos empréstimos será reduzido em pelo menos 50%. Atualmente, de acordo com corretores imobiliários, o prazo para a Caixa liberar os recursos pode chegar a um mês.

Estabilidade no crédito imobiliário para a classe média em 2025

Durante a mesma entrevista, o presidente da Caixa destacou que, apesar da alta demanda por crédito para a aquisição da casa própria, o volume de financiamentos imobiliários destinados à classe média deve permanecer estável no próximo ano. Além disso, Vieira adiantou que o banco planeja expandir suas operações no segmento de crédito consignado para trabalhadores do setor privado.

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Outra novidade é o lançamento de um super aplicativo (super app), que deve ser disponibilizado ainda este ano, seguindo tendências já adotadas por instituições financeiras privadas.

Desafios e ajustes no mercado imobiliário

Vieira reconheceu que a demanda por financiamento imobiliário continua alta, mas destacou que a Caixa, responsável por cerca de 70% do mercado de crédito imobiliário no Brasil, enfrenta desafios devido à queda nos depósitos em poupança, sua principal fonte de recursos. Dados do Banco Central mostram que, entre 2021 e 2024, o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) registrou resgates líquidos de R$ 242 bilhões.

Para contornar essa situação, a Caixa tem adotado diversas medidas, como aumentar o valor mínimo de entrada para financiamentos e reduzir a aceitação de empréstimos originados em outras instituições. Paralelamente, o banco tem intensificado a captação de recursos por meio de Letras de Crédito Imobiliário (LCI).

No entanto, o custo mais elevado dessas captações levou a Caixa a aumentar as taxas de juros para os clientes. Após meses mantendo o teto de 10% ao ano, o banco elevou as taxas para 11,5% ao ano a partir de 2025. Essa mudança, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), pode resultar em uma redução de 10% no volume de financiamentos imobiliários no país no próximo ano.

Busca por alternativas e digitalização completa

Enquanto negocia com o governo federal e o Banco Central o acesso a fontes de recursos mais baratas, como a redução dos depósitos compulsórios, a Caixa também conta com R$ 142,3 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para financiar unidades do programa Minha Casa, Minha Vida.

No âmbito operacional, Vieira reforçou que a Caixa está empenhada em digitalizar integralmente o processo de financiamento imobiliário até o terceiro trimestre de 2025. Isso incluirá a emissão de documentos cartoriais, eliminando a necessidade de deslocamento físico dos clientes. Com essa medida, o banco espera reduzir significativamente o tempo de espera para a liberação dos recursos, beneficiando milhares de brasileiros que buscam realizar o sonho da casa própria.

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