Teto do FGTS na compra de unidades poderá aumentar

Governo pode elevar de R$ 500 mil para R$ 750 mil o uso do fundo no SFH

A equipe econômica do governo federal reabriu a discussão de elevar o teto atual para compra de imóveis com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) de R$ 500 mil para R$ 750 mil. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Octavio de Lazari Junior, a medida vai melhorar e adequar a oferta e a demanda de imóveis no país.

 “A proposta está sendo avaliada pelas autoridades e com o aumento do teto será possível ampliar o atendimento da demanda nas grandes metrópoles”, afirma Octavio.

Ele ressalta que o cenário para este ano é positivo para o crédito e, portanto, para todo o mercado imobiliário.

“Os bancos têm interesse em continuar elevando a oferta de crédito imobiliário, pois as carteiras habitacionais estão associadas à presença de bons clientes. As condições favoráveis à retomada do mercado imobiliário também se devem à queda das taxas de juros, que asseguram a redução de custos num setor que exige a mobilização de grandes capitais”, explica o presidente da Abecip.

Imóveis valorizados

O pedido de reavaliação do valor máximo foi feito pelas construtoras em dezembro do ano passado. A proposta foi vetada pelo Ministério da Fazenda, preocupado com o risco de a medida se transformar em fator de pressão de alta nos preços dos imóveis.

O diretor da construtora Efer, Carlos Eduardo Penna, não acredita, no entanto, na disparada dos valores e, sim, em uma maior possibilidade de o comprador comprar unidades mais valorizadas. “Será mais uma maneira de fomentar as vendas”, afirma Carlos Penna.

Para o diretor da Santa Cecília, Marcio Iorio, a alteração é válida, já que os imóveis estão muito valorizados. “Com o teto de R$ 750 mil, a taxa de juros do financiamento cairia mais ainda, facilitando a compra”, explica o diretor.

Veja como o comprador pode usar o saldo do fundo

O mutuário pode usar o fundo para o pagamento parcial ou total do valor do imóvel. Também pode pagar ainda parte do saldo devedor ou quitar toda a dívida, desde que tenha atendido às normas do SFH e do Fundo de Garantia;

No caso de usar o FGTS para pagamento da prestação, o valor debitado poderá ser de até 80% do valor total da parcela, dependendo do saldo existente;

Para a compra de imóvel com recursos do fundo, o limite do valor é de até R$ 500 mil. Tem que comprovar tempo mínimo de trabalho de três anos, consecutivos ou não, sob o regime do FGTS. O mutuário não pode ter comprado outra unidade usando o recurso há menos de três anos.

POR Cristiane Campos

Fonte: O Dia

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1 COMMENT

  1. O único e maior problema com toda esta oferta de crédito pelas instituições financeiras é o preparo em atendimento no processo destes bancos. Exemplo verídico e que vem ocorrendo em Santa Catarina (Blumenau) processos na Caixa Econômica Federal com muitos atrasos para detalhes simples que faltam capacitação profissional e comprometimento. Um contrato de financiamento normal vem demorado mais de 90 dias para se concluir os trâmites internos. Isso sem falar o Banco do Brasil que não tem nenhuma informação sobre financiamentos. Estão totalmente perdidos.
    A partir do momento que estas instituições tiverem ciência de que o problema está somente alí. Nós corretores vamos ter mais tempo para vender e captar e não ficar tentando ajudar a caixa a resolver problemas internos.
    Att

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