Secovi pede que o governo ajude a incentivar as construções sustentáveis

Sinergia entre as políticas públicas e o setor de construção foi a principal mensagem enviada pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) para o evento Rio+20.

Durante um simpósio promovido pelo SBCI (Sustainable Building and Climate Initiative), órgão do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep, em inglês), o Sindicato que a união entre o governo e a construção é fundamental para a sustentabilidade. “É preciso haver efetiva sinergia entre políticas públicas e atuação do setor da construção, sem o que será impossível promover a sustentabilidade”, afirma o coordenador de Programas de Sustentabilidade e Eventos Culturais do Secovi-SP, Hamilton de França Leite Junior.

Construção sustentável

Segundo o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, é preciso analisar como será possível garantir, de forma economicamente viável, a preservação do meio ambiente com o uso adequado de energias renováveis, e modelos de produção que resultem em novos empregos e melhor qualidade de vida para a população.

“Como o conceito de economia verde concentra-se obviamente na intersecção entre o ambiente e a economia, as cidades despontam como o lugar onde ocorre a maior parte desse processo. Diante disso, surge a questão: que tipo de cidades devemos construir? Qual a melhor maneira de acomodar a população mundial, que está rapidamente se aglutinando em áreas urbanas? Os problemas enfrentados por grandes metrópoles, como São Paulo, revelam a imperiosa necessidade de planejar corretamente o desenvolvimento e tomar medidas que possam assegurar qualidade de vida aos seus habitantes”, comenta.

Para o economista indiano, Pavan Sukhdev, as cidades podem se tornar centros de criatividade e de estilo de vida. “Isso implica oferecer infraestrutura boa e convidativa. As melhores cidades planejadas e as melhores construções devem focar isso. Ainda, é preciso considerar que criar acesso é mais importante do que oferecer mobilidade. As pessoas precisam ficar mais próximas dos centros para trabalhar e se divertir; as distâncias têm de ser menores; é o chegar a pé”, afirma.

De acordo com o economista, é necessário o uso de tecnologia para que os prédios sejam mais eficientes e que proporcionem acesso à natureza. “A cidade é o centro da economia verde. Depende da opção que se faça”, informou, destacando que o Brasil está bem posicionado no campo da sustentabilidade, em comparação com outros países.

Por: Fabiana Pimentel
Fonte: InfoMoney

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