As vendas de casas e apartamentos usados e a locação de imóveis residenciais tiveram expressiva recuperação no Estado de São Paulo em maio, depois da forte queda registrada em abril. As vendas cresceram 11,72% e o número de imóveis alugados foi 5,11% maior do que o registrado em abril, segundo pesquisa feita com 1.539 imobiliárias de 37 cidades pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP). Um dos motivos para a mudança nos dois mercados foi o comportamento dos preços: o Índice Estadual de Preços de Imóveis Usados Residenciais (IEPI-UR/CRECISP) registrou queda de 3,8% em relação a abril. Naquele mês, quando vendas e locação tiveram forte queda, o índice havia acusado aumento de 12,75%.
“O preço mais baixo é o melhor estimulante para as vendas e a locação, mas no caso das vendas, especialmente, o papel do financiamento é sempre fundamental, e ele se manteve forte em maio”, destaca José Augusto Viana Neto, presidente do Conelho. “O imóvel é usualmente o bem mais caro que as famílias costumam comprar, daí a importância do crédito bancário para a estabilidade e o crescimento sustentado do mercado imobiliário”, ressalta.
Os financiamentos responderam pela maioria das vendas em três das quatro regiões do Estado que compõem a pesquisa. Na Capital, 54,89% das casas e apartamentos foram vendidos com crédito concedido pela Caixa Econômica Federal (CEF) e outros bancos, percentual que foi de 52,65% no Interior e chegou a 71,51% nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco. Somente no Litoral as vendas à vista superaram as feitas por financiamento, com 52,85% e 38,34% respectivamente.
Sorocaba tem o m2 mais caro do Estado… e o mais barato também!
Em maio, as 1.539 imobiliárias pesquisadas pelo Creci-SP venderam 939 imóveis no período, sendo 499 casas (53,14%) e 440 apartamentos (46,86%). As vendas foram positivas em três das quatro regiões componentes da pesquisa: crescimento de 53,29% nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco, de 12,54% no Litoral e de 8,67% no Interior. Na Capital, houve queda de 5,44%.
Na cidade de São Paulo, os imóveis mais vendidos foram os de valor superior a R$200 mil, com 69,13% do total de negócios. No Interior, os mais vendidos foram as casas e apartamentos com preço de até R$160 mil, que somaram 55,56% dos contratos. No Litoral, 51,11% das vendas concentraram-se na faixa de imóveis com preço de até R$140 mil. Nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco, os imóveis mais vendidos foram os de preço final até R$200 mil, com 56,33% do total negociado.
Em Sorocaba foram encontrados os imóveis mais barato e mais caro do Estado: uma casa de 2 dormitórios na região central com preço de R$273,68 o metro quadrado e um apartamento de 4 dormitórios em bairros da zona nobre, a R$6.451,61 o metro quadrado, respectivamente.
No litoral, 50% mais locações
Em maio, as 1.539 imobiliárias consultadas pelo CRECISP em 37 cidades do Estado alugaram 2.860 imóveis, o que fez o índice estadual de locação avançar 5,11%. Em comparação com abril, o número de imóveis alugados foi 49,4% maior no Litoral, 4,42% no Interior e 11,97% nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco. Na Capital, houve queda de 3,31%.
Os imóveis mais alugados em maio na Capital foram os de aluguel mensal até R$1.000,00, faixa que concentrou 57,71% das novas locações. No Interior e no Litoral, a preferência dos novos inquilinos recaiu sobre os imóveis na faixa de aluguel mensal de até R$800,00, com 62,94% e 51,89% dos novos contratos, respectivamente. Já na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco, alugaram-se mais casas e apartamentos – 52,44% do total – com aluguel mensal de até R$600,00.
As imobiliárias paulistas alugaram em maio mais casas (56,36% do total) do que apartamentos (43,64%). A pesquisa encontrou em Araçatuba o menor aluguel no Estado. Ele variou de um mínimo de R$120,00 a um máximo de R$280,00 pela locação de casas de 1 dormitório em regiões mais afastadas do centro. E o maior valor em contrato assinado no mês foi registrado em Bertioga, onde a locação de apartamento de 4 dormitórios em bairros da região nobre foi cotada a R$ 8.000,00 mensais.
A pesquisa foi realizada em 37 cidades do Estado de São Paulo: Americana, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Diadema, Guarulhos, Franca, Itu, Jundiaí, Marília, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião, Bertioga, São Vicente, Peruíbe, Praia Grande, Ubatuba, Guarujá, Mongaguá e Itanhaém.
Fonte: R7