O consumidor está online, mas o mercado está pronto para se digitalizar?

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A pandemia do coronavírus trouxe muitas mudanças para a sociedade. O isolamento social contribuiu para que o comércio e as transações online ganhassem força, de modo que empresários e empreendedores tiveram que se adaptar para dar continuidade aos seus negócios. Assim como aconteceu com restaurantes, lojas e serviços, o profissional do setor imobiliário também viu a necessidade de atender clientes remotamente e teve que acelerar o investimento na digitalização de seus processos, revendo a qualidade de seus anúncios e a manutenção do andamento de negociações por meio de contratos digitais.

O mercado de imóveis está passando por mudanças nesses últimos anos com o surgimento e crescimento de plataformas digitais, mas ainda tem muita força no offline. Enquanto a internet serve para atrair possíveis compradores ou inquilinos, o cliente ainda deixa para tomar sua decisão somente após visitar presencialmente o imóvel ou estande de vendas. Porém, com o consumidor cada vez mais acostumado a fazer compras por meio de sites e aplicativos, já não basta colocar anúncios na internet, é imprescindível inserir informações de qualidade e caprichar na valorização do produto ofertado com boas imagens.

Por exemplo, imagine que você irá fazer uma festa na sua casa. Antes de os convidados chegarem, você se preocupa se o ambiente está preparado, o que vai oferecer de petisco e se as pessoas têm instruções suficientes para chegar ao local com sucesso. O anúncio online é igual a uma festa: de nada adianta enviar os convites se o link não funciona, se há poucas fotos, se as imagens são de má qualidade, a a planta baixa está disponível, mas está pequena demais, com a visualização prejudicada. Se a informação que é anunciada é ruim, o resultado também não atingirá as expectativas.

Fotos e vídeos bem feitos são premissas essenciais para alavancar o interesse em um imóvel; investir na qualidade de imagem é a base do negócio digital. A disponibilidade de detalhes técnicos, como mapas e plantas de imóveis, contribui para que o interessado possa avaliar a localização e demais facilidades que compõem o entorno. É importante ressaltar que, atualmente, já é possível simular financiamentos com instituições financeiras.

A decisão de compra, na maioria das vezes, passa pelo ambiente online, indiferente ao tipo do imóvel ou momento que estamos experimentando em confinamento. O consumidor vem aprendendo a fazer pesquisas e a negociar em ambientes virtuais, ficando mais exigente com o que lhe chama atenção e de onde vale a pena investir seu tempo e dinheiro. E se os padrões de qualidade não forem atendidos, há agora uma variedade ainda maior de concorrentes para ele aprofundar suas buscas, ter uma boa experiência e concluir um bom negócio.

Por isso, mais do que nunca, o mercado imobiliário terá que mudar para acompanhar o consumidor, e quem não se atualizar corre sério risco de ficar para trás. A transformação digital já está acontecendo, inerente a vontade de empreendedores e empresários. O corretor de imóveis deve aprender a digitalizar seus negócios para não perder o cliente, indo além dos atendimentos por aplicativos de mensagens.

Banner com informações sobre resgate de presentes e publicidade imobiliária

Algumas recomendações básicas podem contribuir muito para alavancar os negócios imobiliários. Que tal investir em fotos em alta resolução, vídeos caminhando pelo imóvel para mostrar os pontos fortes e simular uma visita? Ou então, detalhar mais a descrição do anúncio para tirar dúvidas comuns? É um caminho sem volta pelo qual o mercado já está passando. A pandemia acelerou esse processo e levou os consumidores junto. Agora, os profissionais do mercado imobiliário precisam correr para alcançá-los, ou a distância será cada vez maior.

Por: Marcelo Dadian – Diretor de Imóveis da OLX Brasil.

Fonte: Imóvel Magazine

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