A alta do IGPM fez com que o mercado procurasse alternativa para os novos contratos de aluguéis usando o IPCA
A série de altas do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) vem gerando reajustes muito altos nos contratos de aluguéis, obrigando os donos de imóveis e inquilinos a renegociarem valores e imobiliárias e administradoras imobiliárias alterarem o indexador de correção dos novos contratos.
Para isso, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) vem sendo o indicador mais escolhido para a renovação ou assinatura de novos contratos. Mais de 60% dos acordos de locação firmados desde novembro de 2020. A iniciativa tem sido vista com bons olhos tanto para locadores quanto para locatários.
A aceitação de substituição do IGP-M, que era tradicional na assinatura dos contratos de aluguéis, pelo IPCA vem sendo grande. Porém, sempre há a possibilidade de proprietário e inquilino optarem por outro indicador. Não é uma regra, mas sim uma questão de conversa e negociação.
As administradoras de imóveis estão tendo um retorno positivo para essa alternativa.companhia só teve retorno positivo de ambas as partes.
Segundo levantamento feito pela administradoras mostra o seguinte cenário entre outubro de 2020 e julho deste ano: contratos de aluguéis
- 30,64% dos contratos de aluguel não foram reajustados;
- 31.67% dos acordos foram corrigidos pelo IPCA;
- 29.91% optaram por um reajuste alternativo entre IPCA e IGPM; e
- 7,95% optaram pelo reajuste integral pelo IGP-M.
A Câmara dos Deputados aprovou no mês de abril, por maioria de votos, o regime de urgência para o Projeto de Lei nº 1026/21, que solicita a troca do IGP-M pelo IPCA nos contratos de aluguéis. Por causa da solicitação de urgência, o PL poderá ser votado nas próximas sessões do plenário.
Mas qual o motivo dessa troca?
Essa troca de índices se deve porque o IGP-M acumulou uma alta de 32% nos últimos 12 meses. Com isso, os contratos de aluguéis com aniversário nos meses que o indicador registrou alta sofreram esse percentual de reajustes. Paralelamente, no mesmo período, o IPCA acumulou alta de 5,20%.
Fonte: Jornal Contábil.