Mais de um ano após o surgimento da pandemia do coronavírus, a certeza que temos é de que a vida, a rotina e as formas de consumo das pessoas precisaram mudar e se adaptar a uma nova realidade. Isso se estende também ao mercado imobiliário.
O fato é que, após a retração enfrentada pelo setor na crise de 2015/16, a expectativa para este ano era uma disparada e ótimos resultados, principalmente por conta de fatores como o aumento de 1,6% do PIB da construção civil em 2019, da aprovação das reformas trabalhista e da previdência, das baixas taxas de juros, além do controle da inflação.
Mas apesar das mudanças significativas que surgiram por causa da pandemia e seu impacto inicial, o mercado imobiliário – que é um dos mais importantes da economia – conseguiu se reerguer. E as perspectivas para este segundo semestre seguem positivas, mesmo com a previsão de aumento das taxas de juros indicado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC).
Para se ter uma ideia, somente no primeiro trimestre deste ano, as vendas de imóveis residenciais aumentaram 27,1% com comparação com o mesmo período de 2020, de acordo com a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). Com o avanço da vacinação e reabertura da economia, espera-se um crescimento ainda maior nos próximos meses.
Então, o que esperar no cenário pós-pandemia? Quais as novas tendências do mercado imobiliário, acompanhando a mudança e necessidades da população neste novo momento?
Mudanças no mercado imobiliário causadas pela pandemia
As palavras mais ouvidas pelos brasileiros durante a pandemia foram: isolamento social. Estratégia para conter o avanço da contaminação pelo coronavírus, a campanha “Fique em casa” levou a uma reflexão mais aprofundada quanto à importância do lar, muito além do que apenas um local de conforto para a família, mas especialmente como um ambiente de trabalho, proteção e felicidade.
Em meio a toda angústia e medo, ter uma casa, um teto, tornou-se uma necessidade primordial e fez crescer ainda mais nas pessoas o sonho da casa própria.
Se por um lado, a pandemia alimentou nas pessoas o desejo de ter um lar, por outro proporcionou aos investidores a certeza quanto às vantagens de investir em ativos imobiliários como forma de proteger o seu patrimônio garantir uma fonte de renda, e aos empreendedores o desejo de obter recursos para tirar projetos imobiliários do papel.
Busca por privacidade e conforto aumentaram
Como a busca por um canto para chamar de seu, surgiram também outras necessidades. Se antes, a localização era uma tendência antes da Covid-19, atualmente a realidade é outra: as pessoas querem mais conforto e privacidade.
Por passarem cada vez mais tempo em casa, a busca por espaços mais arejados, espaçosos e longe dos centros urbanos vem ganhando força.
Porém, em meio a essa nova realidade, será preciso encontrar um equilíbrio entre o tamanho dos ambientes nas tipologias para atender a essas novas necessidades do consumidor, mas acompanhando a realidade dos preços do setor imobiliário.
Se antes o desejo da maioria era morar em bairros privilegiados, sem precisar pagar uma fortuna por isso e em residências pequenas, agora procura por amplas áreas de lazer e ofertas de atividades nas áreas comuns.
Home office tornou-se realidade para muitas pessoas e empresas
Por conta da pandemia, muitas empresas precisaram aderir ao home office e perceberam que esta forma de trabalho contribui para o aumento da produtividade, além da diminuição dos custos com o escritório.
Mesmo com o fim da pandemia, a expectativa é que a maioria dessas empresas mantenham essa modalidade. Neste sentido, serão tendências do mercado imobiliário as áreas de convivências mais amplas, espaços de trabalho e estudo, além da tipologia que consiga privilegiar a privacidade dos membros da família.
Boa parte das pessoas anseiam por áreas de convivência mais amplas, sem deixar de
Coliving e moradia por assinatura chegaram para ficar
Além de aspectos como conforto, privacidade e espaços de lazer que são tendências do mercado imobiliário para determinado público, existe uma outra parte da população que ainda anseia por residir em bairros privilegiados ou por menos burocracia e custo na hora de escolher um local para morar.
Daí surgiu o coliving ou moradia compartilhada e a moradia por assinatura, que vem ganhando força no Brasil. Entenda melhor a seguir!
Coliving – mercado imobiliário
A moradia compartilhada surgiu como uma solução do setor para atender à demanda crescente por moradia nos melhores bairros das grandes cidades. Isso porque a escassez de espaços residenciais e terrenos nesses locais acabam fazendo com que os preços do metro quadrado fiquem altíssimos.
Nesse sentido, o coliving se destaca dentro do conceito de economia compartilhada pela capacidade de diminuir a ociosidade dos imóveis e de aumentar significativamente a rentabilidade. Por isso, tem atraído o interesse de investidores de imóveis e de empreendedores que buscam recursos para projetos nesse sentido.
Na moradia compartilhada, um grupo de pessoas que podem ser da mesma faixa etária e com interesses parecidos compartilham áreas comuns de apartamentos ou casas, como home office, cozinha, sala de estar e outros, sem a necessidade de perder os seus espaços privativos de trabalho, estudo e descanso.
Dessa forma, o custo individual do aluguel cai significativamente, além de ser menos burocrático, bastando apenas aceitar os termos e condições do contrato, bem como as regras de convivência.
Moradia por assinatura
Já a moradia por assinatura ou moradia on demand, possibilita mais liberdade para aqueles que desejam viver nas melhores cidades do país, sem a burocracia e obrigações do aluguel padrão. Assim, é possível viver onde quiser pelo tempo que preferir.
O melhor de tudo é a facilidade: o processo é feito pela internet, sem precisar de garantias ou fiador. Dessa forma, é possível morar em uma região privilegiada, em imóveis decorados e equipados, que aceitam animais de estimação e sem burocracia.
Sem dúvida, esse é um modelo de sucesso e por isso tem conquistado muitos adeptos, afinal, ainda existe uma parcela significativa da população brasileira que quer morar em locais diferentes ao longo da vida e, por isso, preferem o aluguel.
Uma pesquisa realizada pelo Projeto Moradia comprova isso: 60% das pessoas entrevistadas pretendem morar em diferentes tipos de imóveis e 63% preferem morar de aluguel com contrato flexível, em vez de comprar um imóvel.
Não à toa, investidores e empreendedores também têm buscado projetos de moradia por assinatura, por vislumbrar nessa modalidade a possibilidade de sucesso e rentabilidade.
Mas como investir ou captar recursos para projetos como estes? O crowdfunding imobiliário é uma alternativa que possibilita a viabilidade de projetos do mercado imobiliário.
Crowdfunding é melhor alternativa para investir nas tendências do mercado imobiliário
É possível perceber que, se o mercado imobiliário já era um setor com perspectivas promissoras antes da Covid-19, no pós-pandemia o cenário é ainda mais positivo. As pessoas mudaram e o setor acompanhou essas mudanças criando soluções como o coliving e a moradia por assinatura, que já vem ganhando cada vez mais adeptos em todo o país.
Nesse sentido, os investidores de imóveis podem vislumbrar em projetos como estes excelentes resultados e os empreendedores em busca de recursos para tirar ideias do papel, podem aproveitar essas tendências para expandir os seus negócios. E a melhor alternativa para investir nas tendências do mercado imobiliário é o crowdfunding.
Também conhecido como investimento participativo ou financiamento coletivo, o crowdfunding consiste na união de pessoas para a realização de projetos. Por meio dessa modalidade, os investidores conseguem encontrar bons projetos para investir com chances de garantir uma rentabilidade muito maior do que as opções tradicionais do mercado.
Além disso, os empreendedores conseguem ter acesso direto ao mercado de capitais e a formação da sua própria base de investidores para realizar projetos de moradia compartilhada e moradia por assinatura.
Importante destacar que o crowdfunding é uma modalidade regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), portanto, os investidores que querem investir e os empreendedores que desejam captar recursos podem fazê-lo por meio de plataformas de financiamento autorizadas, de forma simples, rápida e sem burocracia.