A experiência de trabalhar em casa, intensificada durante a pandemia, provocou uma verdadeira mudança na forma como as pessoas se relacionam com o imóvel onde vivem. A casa deixou de ser apenas um espaço de descanso e lazer, e passou a cumprir também o papel de ambiente profissional muitas vezes sem a infraestrutura adequada para isso.
Esse novo contexto revelou a insatisfação de uma parcela significativa da população com o imóvel atual. Dados recentes indicam que 66% das pessoas que trabalham em home office relatam ter mudado a forma como enxergam o local onde moram. Além disso, 35% afirmam estar insatisfeitas com o imóvel, justamente por sentirem na prática as limitações do espaço.
Por outro lado, entre os que seguem trabalhando presencialmente, a satisfação com o lar é um pouco maior: 40% dizem estar satisfeitos com o imóvel atual.
Um novo olhar para a moradia
Viver e trabalhar no mesmo espaço trouxe à tona questões como conforto, iluminação, ventilação, isolamento acústico, disponibilidade de cômodos e até mesmo a necessidade de áreas externas ou espaços de descompressão. Isso fez com que muitos inquilinos e proprietários repensassem suas prioridades e objetivos de moradia.
Como resultado, mais de 60% das pessoas com intenção de se mudar nos próximos 12 meses afirmam querer um imóvel próprio. O desejo de ter um espaço mais adequado à nova rotina impulsiona a busca por soluções que atendam às necessidades do dia a dia, incluindo a possibilidade de personalizar o ambiente ou investir em melhorias que só seriam viáveis em um imóvel próprio.
Obstáculos para a mudança
Apesar da vontade de mudar, o fator financeiro continua sendo um dos principais entraves. Para 44% dos entrevistados, o orçamento é o maior impeditivo para uma mudança de imóvel no curto prazo. Além disso, 38% ainda não iniciaram a busca por um novo imóvel ou preferem esperar um cenário econômico mais estável.
Tendência irreversível
O trabalho remoto, ainda que parcial, veio para ficar. Muitas empresas já adotaram modelos híbridos ou 100% remotos, o que reforça a importância de um lar funcional e confortável. Isso gera uma demanda constante por imóveis com layouts mais flexíveis, áreas para escritório, melhor localização ou até mesmo estruturas compartilhadas em condomínios residenciais.
O mercado imobiliário, por sua vez, já percebe essa mudança de comportamento e começa a se adaptar com novas modalidades de compra, locação, financiamento e até programas que permitem testar o imóvel antes de fechar negócio.
A pandemia foi um divisor de águas para a forma como as pessoas vivem — e moram. A casa ganhou protagonismo e passou a ser avaliada com critérios mais exigentes. O resultado é um mercado imobiliário em transformação, mais atento às reais necessidades do morador moderno.
Com o home office consolidado, o mercado imobiliário precisa acompanhar essa evolução, oferecendo soluções flexíveis, acessíveis e alinhadas ao novo estilo de vida que une trabalho e lar no mesmo endereço.
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