Momento é favorável para investir na compra de imóveis, já que no banco as aplicações renderão pouco.
O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) cortou a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 5,5% para 5% ao ano, a menor taxa de juros dos últimos 30 anos. Muitos especialistas dizem que é momento de investir na própria empresa e em imóveis, o que fortalecerá o mercado imobiliário.
A empresária e consultora de negócios, Tomaídes Rosa, é uma dessas especialistas que explica o impacto da decisão do governo na economia. “Empreender é a palavra de ordem. É hora de investir no próprio negócio. Se há economias guardadas e não for investir, a pessoa vai perder porque não rende mais. Não existe mais aplicação no Brasil. Agora é investir no negócio próprio ou nos negócios do outros que são os fundos, a bolsa ou mercado chamado housing estate (mercado de imóveis), porque se o poupador deixar o dinheiro no banco vai perder a capacidade de compra”, enfatiza.
O presidente do Sindicato da Habitação, Ronaldo Arantes, também concorda que o momento está favorável para investir porque as pessoas estão sem opção de onde aplicar. “Sem dúvida, é um bom momento para quem quer investir em moradia, porque se tem um bem ele rende e ainda te dá 0,4% ou 0,5%, dependendo do lugar. É melhor comprar imóvel do que aplicar 1% com risco”, analisa.
Mas, Arantes faz um alerta: “Tem que saber comprar. Para isso, é bom procurar corretores que entendam bem do mercado. Para investimento, ideal procurar uma pessoa especializada em locação, porque não adianta comprar algo barato que não aluga”, diz.
Em Uberlândia, construtoras e incorporadoras da cidade e de fora tem lançado inúmeros empreendimentos verticais, horizontais e em diversas regiões da cidade. Uma delas é a Construtora Altti e a Áquila Participações, de Belo Horizonte, que estão construindo no bairro Granja Marileusa o Innovatti Center, edifício direcionado para o público corporativo, com toda a estrutura física para receber qualquer tipo de negócio. O Innovatti conta com 246 vagas de estacionamento e sistema rotativo para visitantes, quatro elevadores inteligentes e salas corporativas de 25 a 432 m² com infraestrutura para instalação de ar condicionado. O prédio de negócios terá ainda bicicletário com vestiários e um andar de uso comum com auditório e três salas para reuniões.
De acordo com Ana Calegari, gerente de vendas da Vertex, empresa à frente da comercialização do Innovatti, prédio corporativo é um modelo de construção que tem crescido e tido boa aceitação no mercado. “Inclusive, superando nossas expectativas, principalmente por se tratar de um empreendimento superior à média, tanto pelo projeto inovador como também pelas amplas possibilidades de instalações, o que tem chamado à atenção de profissionais das áreas de saúde, jurídica e de tecnologia”, enfatiza.
Todo esse cenário que motiva o mercado imobiliário se justifica pelo controle da inflação. Taxas de juros menores significam baixos custos de financiamentos, compras com preços mais acessíveis e, consequentemente, consumo maior.
Recentemente, com a queda de juros mais dinheiro deverá circular na economia e menos nos bancos e que para conseguir rendimento nas aplicações será preciso conviver com o risco. A aposta do governo é que muitos empresários e investidores usem suas reservas para ampliar seus negócios, pois estarão ganhando com a empresa mais que 4,5% e isso ajudará na retomada do crescimento. Enfim, menos juros, mais dinheiro para investimento.
Fonte: G1