Cliente pode conseguir até 25% de desconto em um imóvel já utilizado, mas terá que ter mais capital em menos tempo
Por conta do processo de redução nos lançamentos do mercado imobiliário da Capital cearense, que vem acontecendo gradativamente desde o boom da construção de 2010, está cada vez mais difícil encontrar um imóvel novo, já construído, que ainda não tenha sido comercializado. Devido a essa situação, uma alternativa para quem almeja adquirir uma moradia recém-construída é comprá-la ainda na planta – o que não necessariamente será sinônimo de economia – ou apostar em um imóvel usado, que pode ser até 25% mais barato, mas requer mais capital em menos tempo.
“Atualmente, vendemos muito mais imóveis na planta, até porque, desde o ano passado, as construtoras que atuam em Fortaleza estão reduzindo o número de empreendimentos lançados e a demanda não permite que os mesmos fiquem disponíveis até estarem completados. Isso fez com que os preços desses tipos de imóveis subissem um pouco”, afirma o vice-presidente da Área Imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro.
Com a alta nos preços dos imóveis na planta, um mercado que acabou ganhando força foi o de usados, que pode oferecer ao consumidor um abatimento de até 25%, conforme diz André Montenegro. “É um mercado que já está bastante movimentado. Obviamente que os valores dependem de aspectos como localização, tamanho e demanda, mas se compararmos dois imóveis com as mesmas características, localizados em uma mesma área, o valor do usado é cerca de 25% mais barato”, informa.
Na planta ou usado?
Apesar de ter suas vantagens, como proporcionar uma considerável economia e não exigir do consumidor um elevado tempo de espera, a compra de um imóvel usado não é recomendada para quem não possui um bom dinheiro em caixa. De acordo com André Montenegro, isso acontece porque a entrada costuma ser maior e as parcelas, mais pesadas. “É preciso ter recursos já reservados para a compra de uma residência usado. Isso, juntamente com a cultura das pessoas desejarem o novo e as facilidades dos bancos para financiamento, acaba pesando a favor dos imóveis na planta”, diz.
A compra de um imóvel na planta, porém, requer uma confiança muito grande do cliente na construtora, pois no caso da mesma falir no meio da construção o consumidor fica sem nada. Nesse caso, a dica é verificar o histórico daquela empresa e conhecer empreendimentos já entregues. Outro fator que pesa contra os imóveis na planta é o tempo de espera. Para quem está apressado, o negócio pode não ser uma boa, tendo em vista que uma construção considerada “rápida” leva em média dois anos para ser entregue.
Vantagens da planta
Os preços elevados dos imóveis na planta não parecem assustar os consumidores que sonham com uma residência nova e própria. “É vantajoso por diversos motivos, como o financiamento que pode ser feito em até 300 meses”, explica Montenegro. Outro fator que atrai as pessoas para esses tipos de negociações é a valorização, tendo em vista que o valor do imóvel aumenta consideravelmente entre o lançamento e a entrega.
Para quem gosta de personalizar o empreendimento, a aquisição na planta também pode ser uma boa alternativa, já que antes de estar completamente construído, o imóvel pode ter, por exemplo, as medidas de um quarto alteradas. Nesse caso, porém, é preciso levar em conta que poderá haver um gasto a mais com um arquiteto.
Fonte: Diário do Nordeste