Pesquisa do Data Popular aponta que as classes C, D e E são as que mais contribuíram para aumentar significativamente o número de famílias brasileiras que declararam intenção de comprar imóvel em prazo de 12 meses, a contar do final de 2010, data em que foram pesquisadas.
Em dois anos, a demanda por imóveis quase dobrou. Para além de 9 milhões de pessoas declararam a intenção, o que soma 4,9 milhões a mais do que no último trimestre de 2008.
Segundo o estudo, quanto menor o rendimento da família, maior é o percentual de casas como tipo de habitação. Nas classes D e E o número de pessoas atinge 95% dos que têm intenção de compra.
Na classe C, nos próximos 12 meses 50% das famílias pretendem adquirir terreno para construir; nas classes D e E a fatia é de 36%; e na alta renda é de 14%. Na classe C, os apartamentos aparecem com 49% das pretensões; 31%, na A e na B; e 20%, nas classes D e E.
Entre os que apontaram intenção em adquirir um imóvel, 83% estão nas classes de perfis econômicos C (com renda familiar de três a 10 salários mínimos); D (um a três) e E (até um salário mínimo). Os restantes 17% são formados por pessoas que pertencem às classes A e B, com renda de dez a 20 salários mínimos.
A pesquisa foi realizada em 35 municípios brasileiros. Especialistas apontam o aquecimento da economia e o programa Minha Casa, Minha Vida como os principais fatores para o crescimento da intenção.
Os consumidores de baixa renda sempre lideraram a intenção de compra da casa própria, porém em percentuais mais discretos. Antes do programa Minha Casa, Minha Vida, eles apareciam com 61% na intenção de compra, e os outros perfis, com 31%.
Fonte: R7