Segurança, retorno aliados aos juros baixos atraem consumidores e fazem com que esta seja uma das melhores modalidades para a aplicação de capital neste momento. Imóveis
Os imóveis estão tradicionalmente entre os investimentos preferidos e considerados os mais seguros pelos brasileiros. Muito mais que uma escolha consolidada na cultura nacional, essa opção é uma das melhores formas para construir um patrimônio seguro e lucrativo, com estabilidade e excelente retorno.
Nos últimos meses, a pandemia do Coronavírus, aliada a diminuição da taxa Selic para 2% pelo Comitê de Política Monetária Nacional, além da insegurança em relação à outras modalidades de aplicação de capital, ocasionaram um aumento na aquisição de imóveis.
Anderson Líbano, corretor de imóveis e conselheiro do CRECI/SC (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina), confirma esta tendência.
“Na região Oeste do Estado, o imóvel tem sido visto como solução nesse tempo de crise, havendo um acréscimo de aproximadamente 30% nas vendas”, afirma.
Líbano reforça que, anteriormente, os imóveis pareciam mais inatingíveis, agora as baixas taxas de juros funcionam como um trampolim para que o consumidor consiga realizar a aquisição. Ele ressalta ainda que o imóvel representa uma segurança, um patrimônio que se valoriza gerando renda a curto prazo, por meio de locação ou arrendamento ou podendo também ser objeto de futura comercialização a médio e longo prazo, gerando aumento patrimonial através da valorização.
As pesquisas de entidades do setor reafirmam essa alta. Dados da Acebip (Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) apontam que os das cadernetas do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) cresceram 6,5% em maio em relação a abril deste ano, atingindo R$ 7,13 bilhões, 8,2% em comparação ao mesmo mês de 2019.
O volume financiado em maio, segundo mês completo sob isolamento social, foi praticamente igual ao de janeiro, ou seja, período anterior à quarentena. Nos cinco primeiros meses de 2020, os empréstimos destinados à aquisição e à construção de imóveis avançaram 23,2%, comparado a 2019, atingindo R$ 34 bilhões.
Para a presidente da Abecip, a economista Cristiane Portella, o resultado, classificado como “surpreendente”, se deve às taxas de juros “atrativas” e boas ofertas, que estimulam que as pessoas que já buscavam estes negócios finalizem as transações. Ela acrescenta que a recuperação do mercado em 2019 foi de 30% em relação a 2018, e a melhor estimativa para este ano apontava elevação de 32%.
Vantagens da adoção da modalidade
Especialistas do setor destacam que, com o objetivo de ampliar os resultados continuamente na área de investimentos, existe a necessidade de analisar inicialmente qual é o atual cenário da economia para que as aplicações sejam feitas de forma mais segura.
Líbano enfatiza também a importância da tradição nacional de, em períodos de crise se buscar por modalidades de investimento como no caso dos imóveis, estes que não são tão impactados.
Para ele, optar por imóvel é garantir um patrimônio consolidado, afinal “o índice do CUB – Custo Unitário Básico – historicamente nunca baixa. Assim o imóvel é um bem que está em constante valorização se transformando na “menina dos olhos” para quem procura hoje as melhores opções para se aplicar o dinheiro”.
Outra vantagem de aplicar em imóveis é a proteção contra a inflação, por meio da adoção do INCC – Índice Nacional da Construção Civil – nas transações do mercado imobiliário, tanto em uma parcela de financiamento quanto no reajuste de aluguel, por exemplo. Isso significa que, independente do aumento na inflação, não há riscos de o investimento se desvalorizar.
Fonte: ND+