Home office é uma tendência irreversível

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Adriana de Camargo, de 51 anos, não precisa sair de casa para trabalhar. Isso porque, há sete anos, ela optou por montar um home office (escritório em casa, em inglês) para exercer a profissão de editora de textos, revistas científicas e livros didáticos.

Prestadora de serviço para gráficas, instituições de ensino e empresas, Adriana diz que já se acostumou com o fato de trabalhar em casa. “O principal benefício é, sem dúvida, ter horários mais flexíveis, por outro lado, implica em ter mais disciplina para não perder o foco. Trabalho é trabalho e isto deve ficar bem claro. Uma pessoa desorganizada certamente terá dificuldades em se adaptar à modalidade”.

Assim como cresce cada vez mais o número de autônomos que preferem exercer a atividade profissional em casa, ao invés de alugar um imóvel para este fim, as próprias empresas também têm aberto essa possibilidade aos seus colaboradores.

Além de crescente, especialistas dizem que o home office é uma tendência irreversível. Uma pesquisa feita pelo Centro de Estudos sobre Tecnologia da Informação e da Comunicação (Cetic.br), do Comitê Gestor de Internet no Brasil, revela que 62% das grandes empresas, 40% das médias e 23% das pequenas oferecem sistemas que possibilitam aos seus colaboradores o acesso aos arquivos da empresa em rede, sem que seja necessário sair de casa. Da mesma forma, uma pesquisa realizada pela Hays sobre o assunto reforça essa tendência. De acordo com o levantamento, o home office já é adotado por mais de 31,2% das empresas.

A consultora em Desenvolvimento Humano Jane Eyre Colombo Cruz diz que essa modalidade também é vantajosa para as empresas, uma vez que diminui custos operacionais e permite que novos colaboradores sejam contratados sem que haja a necessidade de investir na ampliação do espaço físico.

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Em contrapartida, ela ressalta que, para a experiência ser bem-sucedida, o patrão tem que deixar claro ao colaborador o que espera dele. “É preciso, nesse sentido, definir quais as metas, os prazos e as condições para que o trabalho seja finalizado. Caso contrário, o colaborador pode não cumprir devidamente as suas obrigações”, diz.

Prós e contras

Jane menciona que, além da flexibilização do horário, outra vantagem do home office é o ganho de tempo, já que o profissional não precisa enfrentar – e nem se estressar no – trânsito na hora do rush. Além disso, não ter gastos adicionais com a alimentação em restaurantes no almoço e não se preocupar com a compra e o uso de uniformes e roupas para o trabalho tornam a solução ainda mais atrativa.

Entretanto, nem tudo são flores. A consultora de Desenvolvimento Humano afirma que uma das principais desvantagens vivenciadas por estes profissionais pode ser a perda da habilidade em se relacionar com as pessoas. “Tais profissionais não têm ao lado colegas de profissão para tirar dúvidas ou conversar. Isso faz com que o indivíduo, muitas vezes, se feche em seu mundo e tenha dificuldade em se relacionar, inclusive, na sociedade”, explica.

Se por um lado a solidão pode ser prejudicial para o profissional que trabalha em casa, a falta de sossego pode comprometer igualmente a produção. “Trabalhar enquanto o cachorro late e os filhos e a família pedem atenção está longe de ser o ideal. É aí que a compreensão e o entendimento dos familiares fazem toda a diferença”, pontua Jane. Indefinição de horários entre trabalho e lazer é outra desvantagem, mas cada caso é um caso. Por isso, é preciso pesar os prós e contras.

Por: Fábio Castaldelli

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