FGTS dará o tom do mercado imobiliário em 2016, avalia diretor da Caixa

A habitação popular, puxada pela nova faixa 1,5 do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), será a protagonista do mercado em 2016, segundo o diretor de Habitação da Caixa Econômica Federal, Teotônio Rezende. ‘A faixa 2 tem sido o carro-chefe, mas a nossa expectativa para 2016 é de que a nova faixa 1,5 seja o principal produto da habitação social em termos de financiamentos. Depois virão: faixa 3, SBPE e, por último, a faixa 1’, disse, em entrevista à Construção Mercado no fim de novembro.
Em período de crise econômica e escassez de crédito, o segmento de moradias populares vem ganhando espaço, sustentado por financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Na Caixa, detentora de 75% do mercado de crédito imobiliário, o volume de empréstimos para construção e compra de imóveis atingiu R$ 69,9 bilhões entre janeiro e setembro de 2015, queda de 26,0% em relação aos mesmos meses do ano anterior. Desse total, os empréstimos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) baixaram 43,6%, para R$ 30,1 bilhões. Já o crédito com origem no FGTS teve alta de 28,8%, para R$ 37,9 bilhões. “O grande tom do mercado em 2016 é o Fundo de Garantia”.
Rezende acredita que os empréstimos com recursos do SBPE – usados para moradias de até R$ 750 mil – permanecerão restritos enquanto a taxa básica de juros e a inflação seguirem elevadas. Em contrapartida, a Caixa negocia com o Conselho Curador do FGTS a renovação de aportes em linhas com condições especiais. Esse é o caso do Pró-Cotista, que recebeu em julho R$ 4 bilhões do fundo para financiar imóveis de até R$ 400 mil, a taxas anuais entre 7,85% a 8,85%.
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