Falta de infraestrutura torna imóveis mais caros

Influenciados pelo forte aumento na procura pela casa própria, os valores dos imóveis residenciais do país registraram alta de 2,1% em fevereiro. Em janeiro, o aumento havia sido de 1,7% de acordo com índice da FipeZap. “Isso acontece porque o Brasil vive um momento econômico muito positivo.  A ascensão de classe é uma realidade e o aumento do crédito impulsiona o mercado imobiliário”, afirma Alexandre Lafer Frankel, diretor-presidente da Vitacon Participações .

Essa valorização dos imóveis, segundo ele, deve continuar nos próximos anos, já que o aumento da demanda é um fator que incide diretamente sobre o preço dos imóveis, tornando-os mais valorizados. “Em São Paulo, por exemplo, há uma grande dificuldade para encontrar terrenos para construir. Isso, sem dúvida, é um entrave que eleva o valor do bem para o consumidor final”, aponta Lafer.

De acordo com ele, essas características tornam o mercado imobiliário em São Paulo mais valorizado do que outras grandes capitais estrangeiras. “Hoje, comprar um apartamento em regiões privilegiadas da Capital Paulista é mais caro do que em cidades dos Estados Unidos. Mas há uma explicação para isso: Em Miami, por exemplo, há uma imensidão de território livre para construir. Aqui não há essa facilidade, o que torna a aquisição do imóvel mais restrita”, comenta.

Segundo Lafer, grandes cidades como Tóquio, Nova Iorque e Paris contam com eficiente sistema de transporte público, uma realidade que permite às pessoas residirem em regiões afastadas sem que haja problema em se deslocar até o centro. “No Brasil a situação é outra. Vivemos um caos urbano no transporte público,  impactando diretamente no preço dos imóveis construídos em bairros consolidados e próximos ao Centro”, analisa.

(Redação – Agência IN)

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