SÃO PAULO – No próximo ano, os inquilinos poderão ficar tranquilos, pois a tendência é de que o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) se estabilize, a ocorrer reajuste normalmente, analisa o gerente de Locações da Auxiliadora Predial, Alexandre Arruda. O índice, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), é utilizado para limitar os aumentos da maior parte dos contratos de aluguéis e energia elétrica no Brasil.
Ao lembrar que o IGP-M não é o mesmo para os imóveis desocupados, Arruda frisa que, atualmente, cresceu a procura por propriedades para alugar, fazendo com que os imóveis desocupados sofram uma valorização. “Seguindo a lei da oferta e demanda, os preços acabam subindo”, constata ele. “Estamos em um momento de mercado positivo para os investidores, que têm benefícios nos valores dos imóveis para futura revenda, além da grande demanda por aluguéis. Logo, com a maior atuação de investidores, a oferta para locação também sobe, e o inquilino terá mais opções de escolha, podendo selecionar mais imóveis”, explica o gerente da Auxiliadora Predial.
Na próxima quarta-feira, sai o IGP-M de dezembro. A projeção é que a inflação gire em torno de 0,8% no mês. Para Arruda, os contratos de aluguéis a serem renovados neste mês devem ficar mais caros em relação ao reajuste praticado no ano anterior, pois os preços atualizados pelo índice calculado pela FGV aumentaram 10,56% desde janeiro.
De acordo com dados da Fundação, o IGP-M deve fechar 2010 com a mais forte elevação dos últimos cinco anos, conforme sinalizou a segunda prévia de dezembro do indicador, que subiu 0,75%. Embora tenha sido mais fraca do que a apurada em novembro (1,2%), o número levou o índice a uma taxa acumulada de 11,39% no ano.
Caso termine o ano com a maior taxa em cinco anos, o IGP-M seguirá o mesmo curso do Índice Geral de Preços -10 (IGP-10), que encerrou o ano com avanço de 11,16%, o maior resultado anual desde 2004 (12,42%).
A previsão, de acordo com o último relatório Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) é de que o IGP-M termine 2010 a 11,44% e 2011, a 5,52%.
Fonte: DCI