Algumas decisões judiciais, no que se refere a vínculo empregatício no ramo imobiliário, deixam os empresários do setor em alerta. Pois muitos são os casos em que há cobranças no cumprimento de horário, de metas, de plantões fora do expediente convencional e os plantões de finais de semana. Não que isso seja ruim. Na verdade essa cobrança, em meu entendimento, deve ser pessoal, e não imposta, já que os corretores são identificados como autônomos.
Como próprio do termo “autônomo”, o corretor deve ter autonomia, liberdade para decidir quando, como e onde irá trabalhar. Certamente que nos casos específicos de prestar serviço para uma imobiliária, o corretor deve ter comprometimento e lisura de acordo com os conceitos praticados pela mesma. Isso é e deve ser a pratica comum esperada de qualquer profissional, independente da área de atuação.
As empresas imobiliárias, por outro lado, devem se atentar para aquilo que podem ou não cobrar, identificando os pontos que possivelmente lhe gerarão vínculo de emprego com o profissional que lhe presta serviço.
Abro espaço para relatar, em sequência, um acontecimento verídico. Não citarei o nome da imobiliária para não gerar maiores transtornos, pois não é esse o objetivo do presente artigo. Mas, na referida imobiliária, o corretor era obrigado a assinar um contrato de prestação de serviços imobiliários como profissional liberal, porém, mesmo não estando expresso no acordo, o corretor tinha a obrigação de estar presente no escritório das 8:00 às 20:00, de segunda a sexta-feira; sábados das 8:00 às 18:00; no domingo era mais tranquilo, das 8:00 às 14:00. Contudo, o corretor deveria pagar um valor adiantado e mensal para utilizar um aparelho celular. A alegação do proprietário desta imobiliária era: “o corretor que quer ganhar dinheiro tem que trabalhar muito, e só assim conseguirá vencer na vida”. Possivelmente sim, e junto a isso o acumulo de stress e outros problemas, além de abdicar de momentos prazerosos com a família.
Ganhar dinheiro, muito ou pouco, deve ser uma decisão individual. E, por outro lado, percebo que falta, neste caso, senso de justiça e princípio moral. Explorar e se beneficiar com baixo custo (ou quase zero) por meio do suor do “autônomo” é prática inaceitável, já que o corretor por vezes tem que se sujeitar a este tipo de conduta por vários motivos particulares.
Certamente que o corretor ao perceber que está sendo sugado ao extremo pede para sair. Assim, a rotatividade de profissionais é muito grande, ou seja, profissional desmotivado, empresa com baixo retorno ou, no mínimo, gera descrédito perante seus clientes, em função do mau atendimento prestado pelo corretor insatisfeito.
Profissionais qualificados certamente não se sujeitarão a serem tratados como autônomo e, ao mesmo tempo, serem cobrados como empregados. Como, da mesma maneira, as imobiliárias não querem ser lesadas por qualquer tipo de conduta praticada pelo profissional que lhe serve.
Enfim, para concluir este artigo compartilho aos interessados a jurisprudência do TST – Tribunal Superior do Trabalho – onde consta decisão recente, publicada em 19 de outubro de 2012, que condena imobiliária a pagar obrigações trabalhistas no valor de R$300 mil.
Segue link: http://www.coad.com.br/home/noticias-detalhe/46719/corretora-de-imoveis-consegue-vinculo-com-imobiliaria Fonte: TST.
Por: Rodrigo Barreto
Isto quando você não tem que fazer outras funções e receber um percentual sobre todas as vendas da Imobiliária, cumprindo horário e recebendo ordens.
Insatisfação a parte, procure uma nova imobiliária pra trabalhar. Competência não combina com reclamações!
Ao tempo em que concordo contigo, Luana, digo que as coisas precisam ser urgentemente modificadas nesse mercado tão maravilhosamente pujante, porquanto não se concebe, inicialmente, colocar nas mãos de um empresariado retrógrado um Conselho de Profissão (sim, todos os CRECI são administrados por proprietários de empresas privadas, conhecidas como imobiliárias, que, praticamente, abocanham o mercado para si e alguns “satélites”, com o intuito e cartelizá-lo. Essa é a raiz do problema.), também chamado de Autarquia Federal “sui generis”, de direito público, mas conduzido por agentes privados, o que torna o mercado uma promiscuidade desmedida, pois tais criaturas não conseguem sequer administrar suas empresas, por saberem pouco do viés privado e muito pouco do público, dado que “esquecem”, com frequência, o que as Leis Brasileiras determinam, passando a reger a bela Profissão através de Atos puramente Administrativos (Resoluções), buscando retirar o quanto puder do Profissional ou do candidato a Profissional o pouco que têm de dignidade.
Concordo que reclamações não combinam com competência,mas trabalho escravo não combina com autonomia,pense nisto fica com Deus.
A MAIORIA DAS IMOBILIARIAS NAO EXISTIRIA SE NAO PUDESSE EXPLORAR CORRETORES E IDIOTAS QUE NEM CORRETORES SÃO…. SEM PAGAR ABSOLUTAMENTE NADA……… ESSA HISTORIA DE AUTONOMOS EH APENAS UM SUBTERFUGIO DA LEI…PQ TODOS CUMPREM ORDENS E HORARIOS….SÓ POR ISSO JÁ SE CONFIGURA O VINCULO EMPREGATÍCIO……BANDO DE MARGINAIS DISFARÇADOS DE EMPRESARIOS……
POR ISSO QUE O CERTO MESMO É QUE CADA CORRETOR TENHA SUA PRÓPRIA IMOBILIÁRIA
Neoliberalismo é isso: exigir dos corretores como empregados e pagar como autônomos… Detendo os meios de ‘produção’ o capitalista (dono da imobiliária) se enriquece pela mais antiga condição liberal: a ‘mais valia’ citada por Karl Marx. Desprovidos de capital e de cultura, muitos corretores de imóveis (profissionais liberais) se sujeitam a esse tipo de exploração.
Isso é uma relação de escravidão, mas ninguém fala nada, pouco se publica na grande mídia e muitos estão nessa situação deplorável, seja em pequenas imobiliárias, seja nas grandes e até mesmo em construtoras líderes de mercado.
Achei bem proveitosa essa matéria, só fez vir a público o que acontece
nos quatro cantos do país todos os dias, entre outros absurdos, como pessoas desqualificadas exercendo a profissão de corretor.
Donos de imobiliárias nunca jogam para perder, acharam o caminho de ter mão de obra baratíssima, (custo zero) e ainda não tratarem as pessoas com respeito, verdadeira
tortura psicológica, cobranças descabidas, isso é inaceitavel ( manda quem pode obedese quem precisa já era).
Vamos fazer diferente, impor o respeito devido , quebrar rótulos antigos, pois valorizando nossa atividade só teremos bons retornos, clientes satisfeitos com bom serviço prestado. Somos facilitadores de sonhos e mudança de vida, tenhamos em mente que ser honesto, nunca omitir fatos do negócio, ser imparcial são condutas de um corretor de sucesso. Sempre vai ter lugar para um verdadeiro corretor. Se imponha, se faça ser respeitado.
Já trabalhei em algumas que tinham horário para abrirmos e fecharmos.
Trabalho hoje com acordo bilateral. Sem imposições.
Às comissões são boas. Basta trabalhar.
Eu já discordo que somente aceita quem quer se você da valor a sua profissão você não aceita a coisa é simples. Mas quando se é um profissional medíocre se assujeita as exigências das imobiliárias que so querem explorar. Existem sim empresas corretas e idôneas mas na grande maioria são empresas principalmente as grandes empresa so querem mão de obra de baixa qualidade e barata. Antonio Andrade – http://www.imovel.es – “aforma mais segura de se chegar ao fracasso é se isolar”
MAIS VALIA, trabalho escravo é o que é praticado pelas imobiliarias e construtoras com departamento de vendas com aval dos conselhos regionais dos corretores de imoveis e cofeci. Só delegacia do trabalho não vê isso.
Pois é, e a mafia CRECI e CIA, que pagamos anualmente, NÃO faz absolutamente nada em prol do corretor. Vergonha tudo que acontece neste país !!!
Essa é uma prática que não é condizente com os tempos modernos. Os donos de imobiliárias estão a pensar que ainda existem pessoas incapazes de raciocinar e ver o quanto estão sendo exploradas e muitas vezes sem nenhuma condição de atingir suas metas. Avisos aos “velhos” patrões que ainda não acordaram… Acordem pois já entramos na era “4D” e nesta nova era não há espaço para exploradores e escravizadores pela “mais valia”!
estou com algumas duvidas, não sei se podem me ajudar.. uma imobiliaria me aceitou para trabalhar como corretora mesmo não tendo Creci, tinha que captar imoveis e cadastrar no sistema deles, a proprietária solicitou que assim que conseguisse uma venda que eu tirasse o Creci, falei td bem, captei os imoveis, cadastrei no sistema da imobiliaria, eles deram a estrutura, email, bancada e internet, plantão, um dia me chamaram para eu assinar um contrato, com varias clausulas, uma delas que seria monitorada através dos emails, sistemas, ate mesmo em nosso notebook, e que eu não poderia comercializar os imoveis fora, mesmo aqueles que eu captei.. assinei… depois disso, de uma hora para outra, estava em casa acessando o sistema para atender os clientes, surpresa.. tudo foi bloqueado, emails e o acesso ao sistema, sem qualquer cominicação (fizeram isso com uma outa corretora no mes anterior), depois de alguma insistência minha, responderam que receberam uma notificação do creci e me excluíram, e eu so poderia voltar se tirasse o creci (claro que concordo), como eu estava sem dinheiro, demorei alguns dias para dar entrada, e quando fui levar a inscrição do estagio para a imobiliária, informaram-me que não era necessário a minha volta e me desejaram boa sorte, fiquei sem os imoveis que captei, sem clientes, sem nada.. inclusive, tentei contato com quase todos os corretores do escritorio e ninguem me respondeu, enviei email para a PP e para supervisora para saber o que aconteceu e não obtive nenhum retorno.. devo deixar pra la e seguir em busca de outra imobiliaria, ou tem jeito de denuncia-los para não tratar as pessoas dessa maneira?
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