São Paulo, SP – Uma classe profissional cada vez mais especializada, e menos remunerada. É assim que o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis no Estado de São Paulo (Crecisp), José Augusto Viana, resume o perfil da profissão, que neste 27 de agosto (2011) completa 49 anos de regulamentação.
“Temos a comemorar um mercado muito ativo, e o corretor de imóveis, cada vez mais, culto e preocupado com a formação acadêmica. Temos a lamentar a enorme discrepância entre os ganhos que as construtoras conquistam com as suas atividades, e o que pagam aos corretores”, afirma Viana.
Para ilustrar a busca dos corretores por especialização, Viana conta que, em todo o estado de São Paulo, é superior a um ano o tempo de espera por vaga nos cursos ministrados pelo Crecisp. Quanto à remuneração da classe pelas construtoras, o descontentamento não fica apenas no discurso.
“O Crecisp está notificando as construtoras, para que elas apresentem os contratos de prestação de serviços, os quais devem contemplar o código de ética da profissão. Aqueles que não observam as tabelas de remuneração serão contestados”, observa Viana.
O presidente do Crecisp diz que a tabela de remuneração ao corretor de imóveis prevê comissão que varia entre 6% a 8% para a venda de imóveis usados; e de 4% a 6% para lançamentos, nos dois casos calculados sobre o preço total da unidade. “Remunerar o corretor com valores inferiores aos de tabela configura concorrência desleal”, afirma Viana.
“O corretor é ator importante para auxiliar na conquista do sonho da casa própria, e também para apoiar as atividades das construtoras. Nada justifica que não seja reconhecida a sua dignidade profissional. Para comemorar esta data tão importante, nada melhor que cada qual se conscientize da legitimidade em exigir dos contratantes o respeito à dignidade profissional”, finaliza o presidente do Crecisp, acrescentando que o Conselho já iniciou uma campanha para estimular a prática.
Fonte: R7
