A casa em boas condições vende mais fácil e melhor, mas antes de começar uma reforma é preciso considerar o que o cliente realmente precisa. Pintura e limpeza são regras básicas.
A avaliação imobiliária ajuda a entender porque dois apartamentos aparentemente iguais têm diferentes preços de revenda. Uma correta análise evita a supervalorização, que dificulta a venda e/ou locação, ou a subvalorização, que pode significar prejuízos monetários. Em geral, quando o imóvel é colocado à venda em uma imobiliária, ela faz uma avaliação. E é por meio dela que se estabelecem o preço final e os custos do corretor. Para quem quer apenas saber quanto vale o patrimônio ou mesmo atualizar uma avaliação é preciso contratar um especialista – contate só os credenciados; há sugestões no site do sistema Cofeci.
A delegada de Maringá do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Paraná (Creci-PR), Marisa Marutaka, destaca que tais profissionais são peritos no assunto. O custo da consulta é variável, mas sempre proporcional ao imóvel em avaliação. O que compõe o preço final é uma soma de fatores como a conservação geral do imóvel, a localização/infraestrutura e o padrão de acabamento. Ela diz que objetos de decoração e soluções arquitetônicas personalizadas não pesam tanto porque traduzem o gosto dos proprietários, e em geral têm mais valor sentimental do que de mercado. “Não recomendo investir em móveis, mesmo planejados, para tentar vender o imóvel porque há o risco do comprador preferir algo personalizado. Nesse caso o investimento pode ser perdido. Não é o proprietário que põe preço, é o mercado”. O que os corretores recomendam é investir em limpeza e pintura, a não ser que existam áreas críticas que exijam reparos. Nesse caso, é melhor deixar tudo em ordem.
Ezequiel Rodrigues dos Santos, delegado regional do Sindimóveis/PR, diz que indicadores básicos como localização, estética e solarização. Conforme o uso, comercial ou residencial, o comprador vai avaliar o entorno e a infraestrutura. É aqui que entra a consultoria do corretor para dizer se uma reforma é mesmo necessária. Há muitos casos em que nem é preciso mexer na estrutura do imóvel.
A corretora Elizabeth Nobre diz que o primeiro passo é manter em dia a limpeza – já que a primeira impressão é a que fica – e providenciar os reparos necessários, especialmente no banheiro. Em imóveis mais antigos pode ser preciso trocar peças manchadas. “Recomendo que o proprietário imagine como ele gostaria de chegar no imóvel. É a regra básica da apresentação de sucesso”.A pintura, sobretudo na venda, é fundamental porque traz a sensação de novo que todo mundo quer. “É difícil mensurar o custo-benefício da reforma para a venda, em geral é a pintura que compensa. O proprietário investe R$ 2 mil e pode vender até por R$ 4 mil a mais”, diz. Entretanto, nem toda a reforma é boa. Na avaliação o piso escuro, mesmo novo, vende menos. Um cômodo pequeno demais, um banheiro sem janela ou uma piscina no meio da sala podem dificultar a venda e justifica a diferença de preço entre imóveis parecidos.
REFERÊNCIA
2X Saber quando e o que reformar num imóvel fica mais fácil com a ajuda de um corretor. Há casos em que o investimento feito pode voltar em dobro no preço final de venda
“O corretor pode até sugerir uma nova vocação para o imóvel com base no plano diretor e na forma como a região está se desenvolvendo”
Ezequiel R. dos Santos
Delegado do Sindimóveis
Juliana Fontanella
Fonte: O Diário