O IGP-M, Índice Geral de Preços – Mercado, mede variação de preços de uma economia.
Ele é calculado a partir de um conjunto de três fatores: valores de matérias-primas, bens de consumo final e custo da construção civil, que considera materiais e equipamentos, mão de obra, instalações e acabamentos. É um dos medidores da inflação e usado como referência para a correção de contratos de aluguel.
“O índice recebe várias influencias, não deixa escapar muita coisa da inflação. Considera o que acontece na pronta produtiva, com os consumidores que recebem essas mercadorias, e unir algo que interessa aos contratos imobiliários que é o desempenho da construção civil no âmbito de preços”, detalha Elton Eustáquio Casagrande, professor do Departamento de Economia da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) em Araraquara.
Professor da Faculdade de Economia Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), Luciano Nakabashi ressalta que a variação do IGP-M é consequência de problemas da economia, que são os verdadeiros geradores do aumento da inflação.
“A instabilidade econômica prejudica investimentos. Mas dependendo do grau de instabilidade, uma inflação mais alta pode até elevar a demanda por imóveis, como uma forma de proteção dos efeitos inflacionários, que é a perda de poder de compra”.
Nakabashi explica que qualquer variável que eleve a demanda por imóveis tende a afetar positivamente a vida dos corretores. No entanto, ele não enxerga a queda na inflação como sendo um dos elementos cruciais na demanda por imóveis.
“Variáveis como juros reais dos financiamentos imobiliários, custos dos materiais de construção, mão de obra especializada, preço médio dos terrenos, mercado de trabalho (taxa de desemprego e variação da renda real dos trabalhadores) são mais relevantes na demanda por imóveis e, dessa forma, na remuneração dos corretores de imóveis”.
Fonte: ZAP Pro