Casa própria com Selic a 15%: entenda o efeito da taxa no financiamento imobiliário em 5 pontos

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Casa própria com Selic a 15%: entenda o efeito da taxa no financiamento imobiliário em 5 pontos

A taxa básica de juros da economia brasileira permanece em 15% ao ano, conforme decisão mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Esse patamar elevado traz consequências diretas e indiretas para quem deseja financiar a casa própria. A seguir, veja como a Selic influencia o financiamento imobiliário e quais estratégias podem ajudar a planejar a compra do imóvel.

1. Efeito direto nas parcelas do financiamento imobiliário

A Selic é considerada o “custo do dinheiro”. Quando está alta, os bancos repassam esse encarecimento para os financiamentos, incluindo os imobiliários.

  • SFH (Sistema Financeiro de Habitação): Programas como o Minha Casa Minha Vida sofrem menor impacto, pois têm taxas e subsídios definidos pelo governo.
  • SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário): Fora dos programas subsidiados, os recursos são livres e ficam mais caros com Selic elevada, o que encarece as parcelas mensais.

2. Consequências indiretas da Selic no mercado imobiliário

Quem compra imóvel na planta ou financia durante a obra sente a Selic na assinatura do contrato, já que a taxa aplicada será a vigente na entrega das chaves.

  • O saldo devedor costuma ser corrigido por índices da construção civil (ex.: INCC), que podem subir com juros altos.
  • Aluguéis também podem ficar mais caros, pois menos pessoas financiam e aumenta a procura por locação, elevando a demanda.
  • Por outro lado, incorporadoras tendem a negociar preços para manter as vendas, abrindo espaço para barganhas.

3. Escolha da tabela de amortização

O sistema de pagamento influencia o impacto dos juros:

  • Price: parcelas fixas, mas maior peso de juros ao longo do tempo, tornando-se mais sensível a taxas altas.
  • SAC: prestações decrescentes, com amortização constante, reduzindo mais rápido o saldo devedor e a incidência de juros.

4. Poupança, renda fixa e recursos para crédito imobiliário

Com Selic acima de 8,5%, a poupança rende apenas 0,5% ao mês mais TR, tornando-se menos atraente frente a CDBs e Tesouro Selic.

  • Como parte do crédito habitacional vem da poupança, menor captação dificulta e encarece os financiamentos.
  • Para quem pode esperar, investir em renda fixa enquanto aguarda queda dos juros é alternativa para reforçar a entrada e reduzir o valor a ser financiado.

5. Perspectivas e estratégias

Os bancos não reduzem imediatamente suas taxas quando a Selic cai. Normalmente aguardam sinais consistentes e a queda efetiva nos financiamentos pode levar de três a seis meses.

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  • Comprar agora pode garantir melhor negociação no preço do imóvel, mas exige suportar juros mais altos por algum tempo.
  • Esperar a Selic cair pode significar perder boas oportunidades de compra.
  • Portabilidade de crédito e amortizações extras ajudam a reduzir a dívida quando as taxas começarem a cair.

Decisão da compra da casa própria vai além dos números

A escolha entre comprar ou adiar a casa própria não é apenas financeira. Aspectos familiares, estabilidade profissional e urgência pela moradia pesam tanto quanto a taxa de juros. Avaliar o orçamento, simular cenários e buscar orientação financeira são passos essenciais para transformar o sonho da casa própria em realidade, mesmo em um cenário de Selic a 15%.

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