Aos 50 anos, Brasília vive um crescimento acelerado do setor imobiliário. Segundo a Associação do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi), a cidade registrou crescimento de mais de 80% em cinco anos. Agora a estimativa dos empresários do setor é expandir cerca de 20%, um avanço que será conquistado graças aos planos de crescimento para cidades satélites e entorno, como Samambaia e Ceilândia.
“O mercado do Distrito Federal (DF) é muito aquecido. A estratégia agora é expandir para as cidades satélites, com prédios modernos, áreas de lazer, e mais baratos”, conta o presidente da Ademi, Alberto Valadao.
O mais novo empreendimento da capital é o Setor Noreste, que oferece projetos de apartamentos de luxo sustentável com amplo complexo de lazer. O novo bairro, lançado em janeiro de 2009, ainda está em construção, mas o preço dos apartamentos tem aumentado de forma acelerada. O metro quadrado dos imóveis residenciais já está custando cerca de R$ 10 mil e dos empreendimentos comerciais vale R$ 16 mil.
“A velocidade de vendas e lançamentos está a todo vapor. Brasília é um ótimo negócio para investidores. Um dos editais de licitação do Setor Noroeste, por exemplo, tenho a informação que chegou a ser vendido em dois dias”, diz diretor de comercialização da Terracap, Antônio Guimarães.
Um dos fatores da expansão do setor imobiliário no DF é o aumento do crédito concedido por bancos tanto para o financiamento de construções, quanto para a compra. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, passou de um empréstimo ao setor de R$ 142,2 milhões, em 2005, para R$ 1,79 bilhões em 2009. A expectativa do banco para 2010 é disponibilizar R$ 1,95 bilhões.
Outro que fornece crédito no DF desde julho de 2008 é o Banco do Brasil. A pretensão da instituição financeira é emprestar R$ 7 bilhões para o setor ao longo de 2010. Já o Banco de Brasília, que também começou a atuar na área há dois anos, passou de um financiamento de R$ 136,1 milhões, em 2008, destinados compra e construção de imóveis, para R$ 187,66, em 2009.
Fonte: Zap
O Setor Noroeste é o retrato da especulação imobiliária. Tudo bem que é o último bairro a ser criado no centro da capital, perto de tudo, prédios de 6 andares, muita área verde em volta, e comércio consolidado na região. Mas o bairro em si, ainda é mato e terra.
Estão cobrando, nos apartamentos na planta, míseros R$ 8.000 a R$ 12.000 o metro quadrado em um apartamento.
Mesmo funcionários públicos que ganham R$ 15.000 por mês terão dificuldades em comprar apartamento nesta região, mas os construtores apostam na venda rápida.
Até o momento, não vejo isto, vejo especuladores comprando e vendendo ágios, pois a bomba está nas chaves e no financiamento, coisa que poucos conseguirão pagar.
Outro boom imobiliário no Distrito Federal é a cidade satélite chamada Águas Claras, distante 15km da capital. Com formato de uma cidade normal, com prédios de até 32 andares, muitos literalmente colados no muro, poucas árvores, mas servida pelo metrô, que não dá conta da demanda. Ali estão pedindo uma média de R$ 5.000 reais no metro quadrado. Mas por ser um bairro inteiro em construção, há excesso de oferta, muitos apartamentos novos e usados à venda.
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