A Inércia Corporativa – adianta esperar o momento ideal?

Atingir os objetivos e alcançar os resultados almejados se dão pela exploração de oportunidades e não pela solução de problemas. Não é a eficiência o mais importante. O imprescindível é a eficácia! Fazendo uma analogia com o futebol, podemos nos questionar do seguinte: “Adianta jogar futebol arte e não ganhar o campeonato”? Este aprendizado é fruto da leitura de Peter Druker quando declara que “o segredo não é `fazer certo as coisas`, e sim fazer as coisas certas”.

Isto não significa que o empresário deva estar desatento aos detalhes do seu negócio, dos padrões de trabalho, das estratégias e do cuidado na gestão de pessoas de sua empresa. Ao contrário, ele tem que maximizar a atenção diária a tudo isto. Porém, esperar que tudo esteja certo para tomar a iniciativa e empreender, é utopia.

Não há nenhuma novidade até aqui, mas trazemos estas questões à tona, visto que é muito comum ver alguns gestores indecisos ou até covardes que ainda insistem em frear suas iniciativas e se arriscar porque o cenário ainda não é totalmente conhecido… Por favor! O futuro é imprevisível, ninguém sabe! A única certeza nos negócios é que vamos errar. E daí? Vamos corrigir e avançar. É claro que realizar previsões é uma obrigação, pois, nenhum responsável por uma empresa ou equipe se lançará em qualquer projeto sem um estudo prévio. Seria muito irresponsável e até infantil agir desta maneira, mas, ficar inerte frente a uma oportunidade porque as coisas ainda não estão certinhas é algo que não dá pra aguentar em um líder.

Fazendo uma releitura do livro “O X da questão”, nos apoiamos na declaração do brasileiro com melhor colocação na Forbes, Eike Batista, quando sabiamente afirma: “O estresse separa os homens dos meninos, os verdadeiros empreendedores dos que jamais montariam um negócio por sua própria conta e risco” e nos inúmeros ensinamentos do grande mestre da administração Peter Drucker, para realmente crer que é possível sim realizar algo relevante em nossos negócios sem que tudo esteja plenamente segurado, garantido e previsto. Não dá pra admitir a inércia corporativa que assola algumas empresas, fruto deste posicionamento de alguns líderes da perfeição imaginária.

O mais bacana de tudo é ir corrigindo a gestão no andar da carruagem, protagonizando e arrumando, educando e treinando os novos padrões, e, não menos importante, sabendo que os processos de trabalho têm vida e se ajustam conforme as mudanças do mercado, das necessidades dos clientes e das pessoas da organização.

No mercado imobiliário, há então um medinho velado, em alguns casos, até declarado, de que as grandes marcas do segmento acabem monopolizando a indústria imobiliária por causa das crescentes aquisições e aumento na compra de carteiras. Na verdade, algumas empresas se mantiveram tão amadoras em sua gestão através de seus líderes inertes, que nem perceberam que os grandes grupos imobiliários se lançaram em mercados desconhecidos e protagonizaram sua marca com coragem e determinação, percebendo que deveriam se focar na exploração de oportunidades e não só na solução de problemas.

Estes grupos direcionaram habilmente seus principais recursos para estas oportunidades, gerando, para tanto, novos negócios, e arrumando a casa na sequência, investindo e capacitando sua gente constantemente.

Vocês acham que os líderes destas empresas protagonistas pensaram assim: ah, quando eu tiver a situação ideal farei tal coisa.  Sim, vai ver que pensaram assim né?! Ah tá.

Por:Telmo Bauler – Diretor de Expansão e Relacionamento com o Cliente da Laguna & Bauler.

Telmo Bauler é Especialista em Melhoria da Qualidade, formado em Gestão de Negócios Imobiliários pela Ulbra-RS com MBA em Gestão de Negócios Imobiliários e da Construção Civil pela FGV-RJ. É Sócio-Diretor da Laguna & Bauler, uma assessoria organizacional dedicada exclusivamente à indústria imobiliária e atuante nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Acesse www.lagunaebauler.com.br

Fonte: www.fotografiaimobiliaria.com.br

Deixe seu comentário