5 dicas para que a sucessão familiar nas imobiliárias dê certo

No mercado de venda de imóveis é muito comum que os filhos dos gestores acabem assumindo cargos da diretoria, conforme eles se aposentam. O processo de sucessão familiar nas imobiliárias, quando aplicado corretamente, tende a perpetuar o sucesso do empreendimento entre as gerações.

Contudo, para que a transição não seja problemática, é imprescindível que haja uma conscientização a respeito da inevitabilidade de mudanças na gestão, além da forma como os processos operacionais da empresa são conduzidos. Afinal, esse é um momento crítico e, se não for bem conduzido, a empresa pode fechar as portas.

Portanto, neste artigo separamos as principais dicas para que a sucessão familiar em uma imobiliária funcione perfeitamente e não comprometa os resultados do negócio. Continue a leitura para conferir tudo o que você precisa saber sobre o assunto!

1. Separe assuntos familiares dos negócios

Independentemente de qual seja o segmento em que o empreendimento atue no mercado, é muito comum que empresas familiares sofram com esse inconveniente: a dificuldade em separar assuntos familiares dos assuntos pertinentes aos negócios.

De fato, esse é um procedimento que exige bastante maturidade de todas as partes envolvidas. Porém, para otimizar o processo e garantir sua eficiência, é altamente recomendado que a imobiliária crie um conselho administrativo.

No conselho administrativo todos os assuntos pertinentes aos interesses da empresa, assim como suas metodologias de trabalho e objetivos, podem ser discutidos, evitando que esse tipo de assunto seja levado aos corredores da imobiliária ou em encontros familiares informais.

2. Saiba administrar a divisão de responsabilidades

Como fazer com que a sucessão familiar nas imobiliárias funcione quando se tem mais de um filho? Pois bem, o assunto se torna ainda mais delicado, mas pode ser resolvido com profissionalismo, maturidade e disciplina.

Nos casos em que há mais de um filho, é aconselhável que sejam delegadas responsabilidades e funções específicas para cada um. Por exemplo:

  • um filho assume a diretoria de vendas;
  • o outro filho assume o departamento de locações;
  • um filho assume a diretoria de marketing e assuntos comerciais;
  • o outro filho lida com a implementação de tecnologia e com os recrutamentos.

A forma como a gestão será definida fica a critério do dono da imobiliária. O fato é que todos os envolvidos precisam concordar com suas posições dentro da empresa e ficar cientes sobre até onde devem ir os direitos e os deveres de cada um.

Discussões pessoais sobre assuntos de família jamais devem acontecer no ambiente profissional, tampouco deve ser estimulada a competitividade negativa entre os filhos pelo “poder da empresa”.

3. Certifique-se de que o sucessor tem o perfil do cargo

Certamente, este é um item de grande relevância em todo o processo de transição. Afinal, para que a imobiliária continue a prosperar, é imprescindível que sua gestão seja assumida por alguém que tem a mesma sede por resultados e trabalhe nos mesmos moldes que seus gestores antigos.

Cada empresa tem um diferencial competitivo no mercado em que atua como, por exemplo, a forma como atende seus clientes, a agilidade na entrega dos serviços prestados e assim por diante.

O que queremos dizer é que ao assumir a cadeira da diretoria, se o filho tiver um perfil que não se enquadre ou não se qualifique para o cargo, o modo como a empresa atua e se relaciona com seus consumidores e concorrentes, em geral, pode perder a identidade.

Os clientes antigos, que já foram fidelizados com o decorrer de anos de uma boa relação comercial com a gestão antiga, ao perceberem que os valores da empresa mudarão juntamente ao processo de transição, podem perder a confiança no negócio.

Sem dúvidas, este é um dos maiores desafios que a sucessão familiar nas imobiliárias enfrenta: a transferência de carisma e perfil de liderança entre o fundador e seus herdeiros.

4. Conte com a ajuda de um colaborador para a transição

Ainda que o sucessor seja um membro da família e tenha passado uma grande parte de sua vida no ambiente da empresa, a imobiliária não deve poupar esforços para prepará-lo para a mudança, concorda?

Para isso, é muito importante contar com a ajuda de alguém que tenha bastante experiência e seja da confiança do fundador da empresa, para oferecer auxílio em toda a transição. Ou até mesmo, caso necessário, assumir um cargo superior.

Estamos nos referindo a um colaborador-chave, seja ele um corretor de imóveis antigo ou alguém do departamento de assuntos contábeis, por exemplo. O fato é que deve-se ter o suporte de um indivíduo que já trabalha ao lado da empresa tempo o suficiente para não apenas entender quais são seus objetivos, mas também como passá-los adiante.

5. Alie tradição com modernidade

Para finalizarmos, vale destacar um assunto de grande relevância na implementação de uma estratégia assertiva de sucessão familiar nas imobiliárias: saber aliar o conceito de tradição com modernidade.

Sem dúvidas, esse é um dos pontos em que ocorre mais atritos entre as gerações. Por um lado, é necessário manter tudo aquilo que vem funcionando desde a origem do negócio, assim como é preciso reconhecer que os tempos mudam, o mercado evolui e a mentalidade do consumidor se reinventa.

Portanto, é preciso preservar os alicerces da imobiliária para que ela não perca sua identidade, mantendo-se fiel à grande cartela de clientes que conquistou no decorrer de sua existência.

Mas, ao mesmo tempo é fundamental inovar, trazer conceitos atuais sobre o mercado imobiliário, tendências de consumo, implementar tecnologia na gestão dos processos cotidianos e usufruir tudo que a nova geração tem a oferecer.

O da empresa ter sido fundamentada à base de máquinas de escrever, planilhas em papel, fichas e arquivos, não significa que os filhos não devam trazer melhorias com conceitos de digitalização de processos, tecnologia mobile e aplicativos, sites responsivos, portais imobiliários, atendimento online e assim por diante.

Fonte: inGaia

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