Venda de imóvel usado em SP cresce pelo quarto mês seguido

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Segundo o CreciSP, os descontos tiveram papel decisivo nesse desempenho

As vendas de imóveis usados aumentaram 7,96% em maio na cidade de São Paulo em relação a abril. Foi o quarto mês seguido de alta registrado pela pesquisa do CreciSP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo).

O CreciSP consultou 429 imobiliárias e apurou que os preços do metro quadrado dos imóveis vendidos pelas imobiliárias consultadas caíram 1,41% em média no período.

De acordo com o presidente do conselho, José Augusto Viana Neto, “os descontos concedidos pelos proprietários, na comparação com os percentuais de abril, tiveram papel decisivo nesse bom desempenho do mercado de usados”.

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A redução sobre os valores originalmente pedidos pelos proprietários quase dobrou no caso dos imóveis situados nas zonas A e B, os mais caros, e superou 100% na zona E, onde estão as unidades mais baratas.

Os proprietários concederam descontos médios de 8,58% na zona A e de 14,5% na zona B sobre os valores iniciais de venda – esses percentuais são 85,31% e 83,08% maiores, respectivamente, que os concedidos em abril.

Na zona E, o desconto médio de 17,5% em maio foi 128,16% superior aos 7,67% de abril. Essas três zonas de valor responderam por 48,12% das vendas realizadas em maio.

— Sem esse enxugamento dos preços, provavelmente não teríamos crescimento das vendas no período porque um dos fatores essenciais de alavancagem dos negócios, que é o financiamento bancário, encolheu.

Mais vendidos

Os imóveis usados mais vendidos na capital foram os de valor médio superior a R$ 200 mil. Eles representaram 87,74% das unidades negociadas nas 429 imobiliárias pesquisadas pelo CRECISP.

O maior aumento de preço — de 48,48% — registrado em maio foi de casas de padrão médio construídas há mais de 15 anos e situadas em bairros da Zona B, como Aclimação, Alto da Lapa, Bela Vista, entre outros. O preço médio do metro quadrado desse tipo de imóvel subiu de R$ 3.988,10 em abril para R$ 5.921,38 em maio.

Também foi no mercado de casas que ocorreu a maior queda de preço médio de abril para maio. A redução foi de 34% nas residências de padrão médio com até 7 anos de construção e situadas em bairros da Zona E, como Lauzane Paulista, M’Boi Mirim, Parelheiros. O valor médio do metro quadrado caiu de R$ 4.166,67 para R$ 2.750.

Na distribuição por padrão de imóvel, segundo a pesquisa CreciSP, 76,89% das unidades vendidas em Maio eram de padrão médio, 17,45% de padrão simples e 5,66% do padrão luxo.

Aluguel cai 1,94% em SP em maio

A locação de casas e apartamentos teve comportamento diverso do registrado no mercado de venda de imóveis usados em maio na cidade de São Paulo. Houve queda de 1,94% no número de unidades alugadas em comparação com abril, mês em que o total de novas locações havia sido 14,12% menor que o de março.

O número de imóveis alugados que fez o índice de locação recuar de 2,2606 em abril para 2,2168 em maio. Foram 50,26% do total em casas e 49,74% em apartamentos. Os valores dos aluguéis baixaram 1,87% em média.

A maioria dos imóveis alugados em maio — 59,41% do total — tinha aluguel mensal de até R$ 1.200, percentual que vem se mantendo mais ou menos estável. O aluguel mais barato da Capital foi o de casas do tipo quarto-cozinha situadas em bairros da Zona E — o valor médio foi R$ 426,92. E o mais caro foi o de apartamentos de 4 dormitórios em bairros da Zona A — R$ 5.533,33 em média.

Segundo as imobiliárias consultadas pelo CreciSP, os proprietários concederam descontos sobre os aluguéis inicialmente pedidos que variaram de 7,08% na Zona A a 11,86% na Zona D.

Aumento na Zona D
O aluguel que mais aumentou em maio na Capital foi o de apartamentos de 3 dormitórios situados na Zona D, que agrupa bairros como Imirim, Itaberaba, Jaçanã, Jaguaré, entre outros. O aumento foi de 30,95% — o aluguel médio subiu de R$ 1.435,71 para R$ 1.880.

A maior queda do valor médio do aluguel foi registrada na Zona C, onde estão bairros como Cambuci, Chácara Santo Antônio, Cidade Universitária. O aluguel de casas de quatro dormitórios situadas em bairros da Zona C baixou 41,18%, de R$ 3.400 em abril para R$ 2.000 em maio.

Quanto às formas de garantia do contrato, a maioria dos inquilinos — 43,01% — optou em maio por usar o fiador como garantia de pagamento do aluguel em caso de inadimplências seguido pelo seguro de fiança (27,87%) e pelo depósito de três meses de aluguel (23,66%).

As imobiliárias consultadas pelo CreciSP receberam as chaves de 564 imóveis cujos inquilinos decidiram encerrar o contrato, percentual equivalente a 59,31% do total de imóveis alugados. Este índice foi 24,85% menor que o total de devoluções de abril, que foi de 78,92% das locações formalizadas nas imobiliárias pesquisadas.

A inadimplência em maio ficou estável na capital, atingindo 3,7% dos contratos em vigor nas imobiliárias consultadas. Esse foi o mesmo percentual verificado em abril pela pesquisa CreciSP.

As “zonas de valor” consideradas são as seguintes

Zona A

– Alto da Boa Vista, Alto de Pinheiros, Brooklin (Velho), Campo Belo, Cidade Jardim, Higienópolis, Itaim Bibi, Jardim América, Jardim Anália Franco, Jardim Europa, Jardim França, Jardim Paulista, Ibirapuera, Moema, Morro dos Ingleses, Morumbi, Real Parque, Pacaembu, Perdizes, e Vila Nova Conceição;

Zona B

– Aclimação, Alto da Lapa, Alto de Santana, Brooklin, Cerqueira César, Chácara Flora, Alto da Lapa, Consolação, Granja Viana, Indianópolis, Jardim Guedala, Jardim Marajoara, Jardim Paulistano, Jardim São Bento, Jardim São Paulo, Paraíso, Pinheiros, Planalto Paulista, Pompéia, Sumaré, Sumarezinho, Vila Clementino, Vila Madalena, Vila Mariana, Vila Olímpia. Vila Sônia;

Zona C

– Aeroporto, Água Branca, Bosque da Saúde, Barra Funda, Butantã, Cambuci, Chácara Santo Antônio, Cidade Universitária, Horto Florestal, Ipiranga (Museu), Jabaquara, Jardim Bonfiglioli, Jardim Prudência, Jardim Umuarama, Lapa, Mandaqui, Mirandópolis, Moóca, Santa Cecília, Santana, Santo Amaro, Saúde, Tucuruvi, Vila Alexandria, Vila Indiana, Vila Leopoldina, Vila Mascote, Vila Mazzei, Vila Romana, Vila Sofia, Tatuapé;

Zona D

– Água Rasa, Americanópolis, Aricanduva, Bela Vista, Belém, Bom Retiro, Brás, Butantã (periferia), Campo Grande, Campos Elíseos, Carandiru, Casa Verde, Centro, Cidade Ademar, Cupecê, Freguesia do Ó, Glicério, Imirim, Itaberaba, Jaçanã, Jaguaré, Jardim Miriam, Liberdade, Limão, Pari, Penha, Pirituba, Rio Pequeno, Sacomã, Santa Efigênia, Sapopemba, Socorro, Tremembé, Veleiros, Vila Alpina, Vila Buarque, Vila Carrão, Vila Formosa, Vila Guilherme, Vila Maria, Vila Matilde, Vila Medeiros, Vila Prudente;

Zona E

– Brasilândia, Campo Limpo, Cangaíba, Capão Redondo, Cidade Dutra, Ermelino Matarazzo, Grajaú, Guaianases, Itaim Paulista, Itaquera, Jardim Ângela, Jardim Brasil, Jardim São Luis, Lauzane Paulista, M’Boi Mirim, Parelheiros, Pedreira, Santo Amaro (periferia), São Mateus, São Miguel Paulista, Vila Arpoador, Vila Curuçá, Vila Nova Cachoeirinha.

Fonte: R7

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