Tornou-se mais fácil comprar um imóvel

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Os preços ainda sobem, mas de forma moderada. Isso, aliado à queda de juros, melhora o cenário para quem quer comprar o próprio imóvel

Poucos são os países que tiveram uma valorização imobiliária parecida com a do Brasil nos últimos tempos. Nunca existiram tantos lançamentos de casas e apartamentos — e eles nunca foram vendidos de uma forma tão rápida. Prédios inteiros chegam a ser comercializados em horas, pouco depois de serem anunciados e ainda antes de as obras terem início.

De acordo com um levantamento feito recentemente pela revista EXAME em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), os preços dos imóveis continuam aumentando, mas de forma mais moderada do que nos anos anteriores – até 2011, por exemplo, os preços subiram de 20% a 30% em média, por ano. Em 2012, a valorização dos imóveis usados foi de 12%, e a dos novos, de 14%.

“Essa foi a média apresentada pela pesquisa. De forma inédita os preços caíram em algumas regiões, e essa é a primeira vez que isso acontece desde 2010”, comenta Carlos Samuel de Oliveira Freitas, advogado e diretor de condomínios e jurídico da Imobiliária Primar Administradora de Bens, do Rio de Janeiro.

Esse foi o caso de Belo Horizonte e Florianópolis. Em outras cidades, os imóveis tiveram seus preços ainda mais altos do que a média, como o Rio de Janeiro, cidade que tem os imóveis mais caros do país, em que a valorização chegou a ser de 25%. “Não é novidade para ninguém que os eventos que acontecerão no Brasil nos próximos anos estão valorizando cada vez mais a cidade do Rio de Janeiro, que, para os estrangeiros, é conhecida como a ‘cara do Brasil’. O investimento de dinheiro do exterior assim como de pessoas do próprio país que desejam obter um imóvel na cidade do Rio é cada vez maior”, comenta Freitas.

Por ser uma cidade com poucos espaços ainda disponíveis, o Rio é o campeão nos preços do país – sendo o Leblon o bairro com o preço mais alto. Porém, a valorização dos imóveis atinge outros bairros que crescem junto com a procura, como a Barra da Tijuca e o Recreio, que serão boas localizações na época da Copa do Mundo, por exemplo.

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Apesar de essa maior procura por imóveis, continua mais fácil adquirir casa própria. Como os juros do crédito imobiliário estão no nível mais baixo das duas últimas décadas, o mercado agora oscila para o lado do comprador. Um estudo do banco J.P. Morgan mostra que hoje as famílias brasileiras gastam, em média, 36% da renda com um financiamento imobiliário. No fim de 2011, esse mesmo percentual estava em 43%. “Não é que os imóveis ficaram mais baratos, é que os preços estão subindo menos, apesar de a valorização ainda existir. Porém, com a queda dos juros, quem sai no lucro é o comprador”, explica Freitas.

O especialista comenta que outro fator que contribui para que o consumidor saia no lucro é o fato de que ele descobriu que pode negociar com o vendedor, e assim, chegar a um acordo, um bom negócio para ambos. “Coisa que antigamente era mais difícil de se ver, um comprador questionando e negociando para chegar a seu objetivo”, conclui Freitas.

Primar Administradora de Imóveis

Site: www.primaradministradora.com.br

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