Os preços dos imóveis no Brasil vinham crescendo a passos largos nos últimos anos, mas nos últimos meses, pelo menos em Brasília, deu uma freada.
A crescente valorização se deu em função de várias causas. Vamos retroceder no tempo e relembrar como funcionava, resumidamente, o mercado de imóveis no país.
Em tempos atrás, ao financiar um imóvel, não existiam taxas pré-fixadas e, muito menos, parcelas fixas, quem dirá decrescente. Pagavam-se dez ou mais anos, as parcelas aumentavam e percebia-se um saldo devedor bem próximo do valor inicial contratado. Taxa de emprego em baixa, inflação altíssima e a não estabilidade da economia brasileira. E, mesmo assim, com muita dificuldade, as pessoas compravam seus imóveis.
Hoje, com um conjunto facilitador, os consumidores podem adquirir seu imóvel com mais facilidade e maior segurança.
Vamos juntar todos esses facilitadores que o mercado nos apresenta e, assim, veremos os motivos da alta valorização dos imóveis, que neste momento vem se acomodando. Além disso, estamos sediando grandiosos eventos mundiais, onde o mundo todo está de olho.
Na atual conjuntura, surgem reclamações de que o mercado imobiliário está parado, não se vende mais imóveis, o mercado diminuiu a velocidade das vendas de imóveis, houve desaceleração nas edificações, etc. O mercado pode não estar tão aquecido como antes, mas eu estou aqui para descordar, pois as vendas continuam. Se o imóvel está ajustado dentro do preço de mercado o bem é vendido em curto espaço de tempo.
Na capital do país, principalmente no Plano Piloto, os valores dos apartamentos são supervalorizados e continuarão assim por um bom tempo, pois não existe grande oferta de imóveis em relação à quantidade demandada. Devido os prédios residências terem, normalmente, de três a seis andares, ou seja, são poucas unidades disponíveis, mesmo com a construção do novo bairro (Setor Noroeste). Não temos prédios residenciais de dez, quinze, vinte andares ou mais em Brasília.
Ainda sim, vemos que a valorização já está desacelerando. Isso não quer dizer desvalorização. Quando um vendedor abaixa o preço do imóvel para comercializá-lo não significa que houve desvalorização do bem. Neste caso, e é o mais comum, o proprietário reajustou o preço do imóvel à realidade do mercado imobiliário, deixando de dar atenção as especulações dos anúncios e, principalmente, retirando do preço o valor sentimental agregado ao imóvel.
Vale lembrar que preços de anúncios nem sempre são os preços de venda. Fazer avaliação de imóveis não se restringe em acompanhar anúncios de imóveis publicados em jornais e internet. Percebemos facilmente divulgações de imóveis com preços fora do valor comercial. Isso acontece, regularmente, por avaliações mal feitas. O resultado? O proprietário fica sem vender seu imóvel.
Fiquem atentos, na próxima semana postarei novo artigo dando continuidade a esse tema, abordando os cuidados e as vantagens desse novo momento no mercado imobiliário.
Rodrigo Barreto – Colunista do Portal Marketing e Publicidade Imobiliária
Diretor Comercial da Baroli Imóveis, Administrador de Empresas, habilitado em Marketing (nível superior), Corretor de Imóveis e Membro: NAR of Realtors® USA (Corretor de Imóveis Internacional).