A recente decisão de Donald Trump presidente dos EUA de impor uma tarifa de 50% sobre todas as importações brasileiras a partir de 1º de agosto de 2025 trouxe apreensão para diversos setores da economia. Embora, à primeira vista, a medida pareça afetar apenas o comércio exterior, o mercado imobiliário também pode sentir os reflexos dessa mudança.
Se você é corretor de imóveis, é fundamental entender o cenário, antecipar tendências e principalmente saber como orientar seus clientes, seja para compra, venda ou investimento. Vamos ao que realmente importa:
💥 O que está acontecendo?
Donald Trump anunciou, uma tarifa generalizada de 50% sobre as importações do Brasil, alegando motivos políticos e comerciais. A decisão já gerou reações do governo brasileiro e incerteza nos mercados.
O dólar subiu, a bolsa deve cair pois os investidores devem adotar uma postura mais cautelosa. Isso afeta diretamente o crédito, a confiança e o ritmo da economia pilares que influenciam também o mercado imobiliário.
📉 Como isso pode afetar o mercado imobiliário?
1. Alta nos juros = Crédito mais caro
Com a possível pressão inflacionária causada pela alta do dólar, o Banco Central pode manter ou até aumentar a taxa Selic. Isso encarece o financiamento imobiliário e reduz o poder de compra de muitas famílias.
🔎 DICA PARA O CORRETOR: SE O CLIENTE TEM PERFIL DE FINANCIAMENTO E ESTÁ AGUARDANDO PARA COMPRAR, ESTE PODE SER UM BOM MOMENTO PARA ACELERAR A DECISÃO, ANTES DE UM EVENTUAL AUMENTO NA TAXA DE JUROS.
2. Queda na confiança do investidor
Em períodos de instabilidade, muitos investidores adotam uma postura de espera. Isso pode adiar lançamentos de empreendimentos, reduzir a liquidez do mercado e afetar o ritmo das vendas.
🔎 DICA PARA O CORRETOR: REFORCE JUNTO AOS INVESTIDORES QUE IMÓVEIS CONTINUAM SENDO ATIVOS REAIS, COM MENOR VOLATILIDADE QUE A BOLSA OU O CÂMBIO. MOSTRE IMÓVEIS COM BOA LOCALIZAÇÃO, VOCAÇÃO PARA RENDA E VALORIZAÇÃO A LONGO PRAZO.
3. Impacto no agronegócio e cidades do interior
O agro será diretamente impactado pelas tarifas, e isso pode refletir no mercado imobiliário de regiões dependentes do setor, especialmente em cidades médias do Centro-Oeste, Sul e Norte do país.
🔎 DICA PARA O CORRETOR: SE VOCÊ ATUA NESSAS REGIÕES, ACOMPANHE O HUMOR DO SETOR E FIQUE ATENTO À POSSIBILIDADE DE AUMENTO NA OFERTA DE IMÓVEIS. PRODUTORES E EMPRESAS PODEM BUSCAR LIQUIDEZ. ESTEJA PRONTO PARA CAPTAR E NEGOCIAR COM AGILIDADE.
4. Aumento nos custos de construção
Com o dólar alto, materiais importados tendem a encarecer. Isso pode pressionar os custos das construtoras, atrasar obras e, no médio prazo, encarecer imóveis novos.
🔎 DICA PARA O CORRETOR: IMÓVEIS JÁ PRONTOS OU EM FASE FINAL DE ENTREGA SE TORNAM MAIS VANTAJOSOS NESSE CENÁRIO. USE ISSO COMO ARGUMENTO DE VENDA COM SEUS CLIENTES.
5. Imóveis como proteção patrimonial
Em momentos de incerteza política e econômica, muitos investidores migram para ativos mais seguros. O imóvel volta a ser visto como reserva de valor, especialmente os de alto padrão e boa liquidez.
🔎 DICA PARA O CORRETOR: POSICIONE O IMÓVEL COMO PROTEÇÃO CONTRA A VOLATILIDADE CAMBIAL. TRABALHE BEM O DISCURSO DA SEGURANÇA PATRIMONIAL E DA RENDA PASSIVA COM ALUGUEL.
✅ Como o corretor de imóveis deve se posicionar
Seja uma fonte de informação confiável
Compartilhe análises, atualizações e conteúdo com embasamento. O cliente quer entender o que está acontecendo e o corretor pode (e deve) se tornar um consultor de confiança nesse momento.
Foque na estratégia de cada perfil de cliente
- Para o comprador final: mostre que antecipar a compra pode evitar pagar mais caro depois.
- Para o investidor: destaque imóveis que geram renda, como studios, imóveis comerciais e temporada.
- Para o vendedor: alerte que pode haver maior concorrência em alguns segmentos, o que exige estratégias de precificação e divulgação mais eficientes.
Adapte sua comunicação
Mostre que você está atento ao cenário macroeconômico, mas sem alarmismo. Traga argumentos racionais e use a situação como oportunidade para mostrar valor profissional.
Embora a tarifa de Trump seja uma medida externa, seus efeitos podem sim respingar no mercado imobiliário brasileiro. Mas, como sempre, o mercado não para ele se adapta. Cabe ao corretor de imóveis estar informado, preparado e posicionado para orientar seus clientes e transformar o momento em oportunidade.
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