Recursos da Caixa para o mercado imobiliário devem atingir R$ 900 milhões

Carlos Araújo, superintendente da Caixa no Rio Grande do Norte, afirma que este ano haverá uma melhora de 7% ante os números do ano passado e que o pior da crise já passou.

Os investimentos no mercado imobiliário promovidos pela Caixa Econômica Federal vão atingir um montante de R$ 900 milhões este ano – valor que supera em 7% os R$ 833 milhões aplicados durante o ano passado. De janeiro a junho, o orçamento previsto pela Caixa era de R$ 430 milhões, mas houve um pequeno incremento que fez o número saltar para R$ 443 milhões. No 2º semestre serão injetados no mercado pelo menos R$ 450 milhões.

Para o superintendente da Caixa Econômica Federal no Rio Grande do Norte, Carlos Araújo, esses números indicam que está acontecendo uma ligeira recuperação no mercado nos três tipos de financiamentos: o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), a Sociedade Brasileira de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o tradicional Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que concentra a maior parte dos recursos por ser imóveis para a população de baixa renda.

Uma análise feita por Carlos Araújo sobre o perfil do comprador mostra que 80% deles têm renda de até R$ 4 mil e financiam imóveis de valores que oscilam entre R$ 150 mil e R$ 200 mil, principalmente na modalidade “Minha Casa, Minha Vida”, que ainda recebem subsídios do governo federal. Outro dado deste perfil está relacionado à idade do comprador: varia entre 25 e 45 anos. “O cenário está melhorando. A inflação está baixa, a taxa Selic (6,5% ao ano) também, além da relação entre o crédito e o PIB (Produto Interno Bruto), que está em 9,6%”, explica Carlos Araújo.

A maior parte destes imóveis serão destinados aos municípios da Região Metropolitana de Natal e em Mossoró. Este ano, serão entregues pelo menos 4 mil imóveis até dezembro. Na primeira metade do ano, este número chegou 4,5 mil imóveis. O superintendente Carlos Araújo destacou que 80% dos imóveis são voltados para um público consumidor de baixa renda e outros 20% são para quem tem renda alta, com o valor médio do imóvel de R$ 850 mil.

Quando questionado sobre a concessão de um crédito cada vez mais restritivo, Carlos Araújo lembra que o País está saindo de um cenário de crise e, ao mesmo tempo, precisa obedecer aos preceitos estabelecidos pelo sistema financeiro assinados no Tratado da Basileia, na Suíça, que estabelece normas, ajustes e segurança. Neste caso, o banco passa a ser mais criterioso no sentido de evitar inadimplência provisionamento de crédito.

Do total de inadimplentes no mercado imobiliário, 85% deles não possuem nenhum relacionamento com a Caixa, ou seja, o cidadão só comprou o imóvel e não tem nenhum tipo de conta no banco. Hoje, o nível médio de inadimplência no Brasil ligado à Caixa 1,7%, mas o Estado do Rio Grande do Norte tem uma média superior: 4%. “Infelizmente, o risco regional está maior, mas estamos agilizando os processos e este ano conseguimos revender 1.580 imóveis que haviam sido retomados”, destaca Araújo. O superintendente disse, ainda, que quando o interessado em comprar imóveis tem conta na Caixa, as chances de um financiamento melhor aumentam.

Fonte: AgoraRN

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