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Ao focar em um nicho de mercado, a Eugenio Marketing Imobiliário acabou expandindo seu leque de serviços

Nenhum dos clientes da agência Eugenio está na lista dos 30 maiores anunciantes do País. Mas as empresas que a companhia atende somam R$ 32 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV) – medida que é equivalente ao faturamento bruto do setor imobiliário. “Temos, hoje, 394 contratos em todo Brasil”, afirma Carlos Valladão, presidente da Eugenio Marketing Imobiliário, a maior agência de propaganda dedicada apenas a clientes do setor de imóveis.

Embora construtoras e incorporadoras estejam passando por uma fase de vacas magras, com vendas e lançamentos em queda, as perspectivas não são tão alarmantes para o marketing imobiliário. Isso porque quando o mercado está bombando, casas e apartamentos se vendem praticamente sozinhos, sem o apelo de anúncios.

O cenário era mais ou menos assim na década de 90, quando a empresa começou a atender o setor. Valladão lembra que as construtoras eram basicamente empresas tocadas por engenheiros empreendedores. “Não havia grandes construtoras com ações em Bolsa como hoje”, recorda. Mas a evolução do segmento ajudou a empresa a crescer e a conquistar clientes. Hoje, sua receita chega a R$ 36 milhões ao ano.

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“Não fazemos apenas campanhas. Nosso leque se expandiu.” A Eugenio trabalha com as construtoras da escolha do terreno à venda. “O lançamento precisa ter uma personalidade que tenha a ver com a região onde se localiza. Fazemos as pesquisas de mercado necessárias, estudamos a região e ajudamos a definir qual o melhor tipo de empreendimento para cada área”, diz. Depois vem a consultoria para definir o nome e o estilo do imóvel. “Uma torre de 15 andares com apartamentos de três dormitórios é um negócio frio. Transformamos isso em algo pessoal. Houve um projeto, por exemplo, que ganhou o tema Mil e uma noites. Tudo tinha esse clima, do estande ao estilo do apartamento decorado.”

Com uma equipe de 200 pessoas – de publicitários a corretores e incorporadores – divididos entre São Paulo, Salvador e Porto Alegre, a Eugenio chamou a atenção de grandes empresas, como Cyrela, Rodobens, Tecnisa, Helbor, Odebrecht e Brookfield – que se tornaram suas clientes. O 394 contratos citados por Valladão no início desse texto são o conjunto de empreendimentos desses e de outros clientes, como a Multiplan, desenvolvedora de shopping centers. No projeto do ParkShopping São Caetano, por exemplo, a agência definiu desde o consumidor-alvo até o lançamento.

“Não conheço uma agência dedicada só ao setor imobiliário tão grande quanto a Eugênio”, diz o presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade, Luiz Lara. “Eles criaram uma linguagem própria nessa área”, afirma.

LÍLIAN CUNHA

Fonte: O Estado de S.Paulo

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