Novas mídias são a bola da vez na comercialização de imóveis

Buscas por imóveis na internet não param de crescer, disse especialista do Google em palestra no Conami

Saltam aos olhos a grandeza dos números quando o assunto é ‘novas mídias’. Hoje, no Brasil, são mais de 100 milhões de internautas, que passam, em média, 17 horas por dia online. Destes, 52 milhões possuem smartphones e usam o aparelho para pesquisar informações sobre imóveis. E mais: 30 milhões de usuários no Brasil já são multitelas – ou seja, têm acesso a informação por meio de televisão, smartphones, computador e tablets.

De que forma o mercado imobiliário pode tirar proveito desse cenário foi o mote da apresentação de Leonardo Assis, especialista em marketing e vendas e responsável pela área de Novos Negócios do Google, que palestrou na 17ª edição do Conami (Congresso Nacional do Mercado Imobiliário), realizado em São Paulo, Capital.

Na opinião dele, embora as novas tecnologias tenham se demonstrado um dínamo para a venda de imóveis, muitas empresas – incorporadoras e intermediadoras – insistem em divulgar seus produtos utilizando meios antigos, descolados da realidade atual. Para o especialista, o caminho percorrido pelos clientes até a compra de um imóvel mudou radicalmente. “Antes, ele recebia o panfleto do lançamento, ia até o estande de vendas e fechava o negócio”, disse. Hoje, o contexto é outro. “Mais de 60% dos processos de compra de imóveis são online”, emendou. “O consumidor está mais informado. Ele chega às imobiliárias, muitas vezes, somente para confirmar com o corretor o que já sabia.”

As buscas por residências via internet no Brasil não param de crescer. Desde o início de 2012, o incremento foi de mais de 50%. “Só em junho deste ano, mais de 12 milhões de pessoas visitaram sites de imóveis”, assegurou o especialista. Mensalmente, a quantidade de pesquisas por imóveis no Google bate a marca de meio bilhão. De todo esse universo, apenas 1% corresponde a procuras realizadas pela marca líder. “Isso significa que é um mercado pouco fidelizado”, frisou Assis.

De acordo com ele, esse dado sinaliza o tamanho da oportunidade que as empresas têm de atrair novos clientes. Imobiliárias que ainda não têm site, inevitavelmente, saem perdendo. “Se você já tem um portal, preocupe-se em pensar que tipo de experiência está proporcionando ao usuário”, provocou, referindo-se aos diversos recursos aos quais é possível recorrer para atender melhor aos clientes – como chats online, simuladores de financiamento, vídeos, entre outros.

Ainda de acordo com Leonardo Assis, cada usuário que pesquisa por imóveis na internet realiza, em média, 5,6 buscas, acessa 5 sites diferentes, marca 4 visitas e considera como possível a compra de 2,7 imóveis. Mais: 64% dos interessados assistem a vídeos no Youtube como forma de obter informação.

Case – Um exemplo bem-sucedido de ação na internet exibido no evento foi da construtora e incorporadora Rossi que, juntamente com o Google, desenvolveu uma ação nacional. A ideia foi promover um outlet online de imóveis. Durante 50 minutos, a empresa apresentou ao vivo unidades residenciais para venda em todo o País, com corretores explicando em tempo real as características dos imóveis. A iniciativa rendeu à Rossi R$ 130 milhões, gerou 3.200 leads e superou a meta de vender 100 imóveis.

No fim da apresentação, Assis exibiu as funcionalidades do Google Glass, óculos com inúmeros recursos, como realidade aumentada, telefone, GPS, entre outros. De acordo com ele, o mercado imobiliário também poderá usufruir do aparelho para fechar mais negócios. Duas empresas já desenvolveram aplicativos para esse fim. Exemplo: se alguém estiver procurando um imóvel para comprar ou alugar em uma determinada região, as unidades disponíveis nos arredores serão projetadas na tela do óculos. “Espero que vocês estejam preparados para explorar esse mercado”, encerrou o palestrante.

Fonte: Secovi
 

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