Mesmo com queda no setor imobiliário, CRECISP acredita em retomada

0
Vantagens exclusivas para corretores de imóveis na accounttech

Depois de registrar queda de 14,06% na venda de imóveis usados na Grande São Paulo em março, na comparação com o mês anterior, o presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECISP), Viana Neto, está otimista quanto a uma retomada de crescimento do setor ainda este ano.

Neto credita o otimismo à baixa na taxa de juros para financiamento imobiliário, a possível queda de um ponto na Selic – hoje em 11,25% ao ano – e a retomada da geração de empregos no País. “Aos poucos essa retomada da economia e do setor está ocorrendo. A queda da taxa de juros é o que os empresários esperam para voltar a investir”, salienta.

Recentemente, a Caixa Econômica Federal e o CRECISP firmaram parceria para a venda de imóveis que foram tomados pelo banco por falta de pagamento. “A orientação é para que os corretores facilitem o financiamento para esses casos, o que demonstra intenção da instituição bancária em buscar novos mutuários”, diz.

Neto ressalta que a Caixa detém cerca de 70% do mercado de financiamento de imóveis, e com o banco demonstrando otimismo no reaquecimento do mercado, as demais instituições bancárias seguirão o mesmo caminho.

Quanto a queda registrada na venda de imóveis usados, o presidente da entidade afirma que o fator está relacionado aos escândalos políticos que vem ocorrendo no País. “Com isso o mercado se retrai e gera insegurança nas pessoas, que não firmam contratos de financiamentos de longo prazo”, afirma.

Banner com informações sobre resgate de presentes e publicidade imobiliária

Em relação aos imóveis novos, explica que os bancos não estão fazendo financiamentos incorporadores, fator que contribui para que haja retração. “Estamos trabalhando com estoques de 2014 e 2015 e tentando facilitar ao máximo a aquisição para que haja investimentos em novos empreendimentos”, afirma.

Aluguéis

Ainda de acordo com o levantamento da entidade, feito em 1.073 imobiliárias do Estado, houve redução de 1,03% nas locações entre fevereiro e março. Neto destaca que essa queda atingiu imóveis que tem melhores localizações. “Nesses casos, os preços chegam a R$ 3 mil. Quando o contrato vence, os locatários querem reajustes acima dos índices e os inquilinos acabam entregando as chaves”, explica.

Porém, salienta que o momento para alugar um imóvel é bom, para evitar que casas ou apartamentos fiquem vazios, locatários estão mais propícios a fazer negociações com os inquilinos. “Pouco mais de 50% dos aluguéis na Grande São Paulo é de R$1 mil. Valores praticados acima de número fica difícil manter o inquilino. E ninguém quer perder aquele que paga em dia”, afirma.

Fonte: Repórter Diário

Deixe seu comentário