Mercado imobiliário tem retomada surpreendente

O mercado imobiliário acompanhou o momento de retomada da macroeconomia e, depois de registrar os pontos mais baixos de seus indicadores em 2016, teve resultados surpreendentes em 2017.

Na Região Metropolitana de São Paulo, a Pesquisa Secovi, composta por 39 municípios, incluindo a Capital. Mostra que o mercado imobiliário teve um crescimento surpreendente no ano de 2017 e que deve continuar na ascendente em 2018.

Em 2017, foram lançadas nas cidades da RMSP 7,9 mil unidades, representando uma queda de 18,8% em relação ao ano anterior. Em termos de comercialização, foram escoadas 7,8 mil unidades, com variação negativa de 13,2% na comparação com 2016. Parece ser um cenário negativo o que foi exposto, mas não é. “A reação do mercado imobiliário em 2017 foi surpreendente e superou as expectativas do início do ano. A retomada dos lançamentos e da comercialização de imóveis novos na região metropolitana de São Paulo contribui para ampliar as perspectivas de retorno do emprego na construção civil a partir do segundo semestre de 2018”, enfatiza Celso Petrucci, economista-chefe do Sindicato da Habitação.
Vale lembrar que o ciclo de desenvolvimento dos empreendimentos imobiliários é longo e existe um intervalo entre os lançamentos e o efetivo início das obras.

Some-se a este cenário o estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas), realizado em parceria com o Secovi-SP em 2016, que aponta forte demanda habitacional até o ano de 2025. Durante o período de crise (2014/2016), houve represamento desta demanda, o que explica, em parte, a retomada do mercado imobiliário em 2017.
“O aquecimento do setor imobiliário e da economia contribuiu também para a redução do volume de distratos, que caíram substancialmente no ano passado, apesar de ainda não haver consenso sobre um marco regulatório para a questão”, lembra Petrucci.

Perspectivas – “Tomando como base as expectativas dos empresários do setor imobiliário, aliadas aos dados do Boletim Focus do Bacen (Banco Central do Brasil), é possível estimar, para este ano, crescimento nas vendas de 5% a 10%. Em relação aos lançamentos, a estimativa é que poderão ficar próximos aos números de 2017, com maior diversificação dos produtos ofertados”, anuncia Flavio Amary, presidente do Secovi-SP.

Segundo Amary, para que o setor possa concretizar essa projeção e gerar mais empregos, é fundamental que a taxa de juros e a inflação continuem em patamares aceitáveis, que a calibragem da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo do município de São Paulo seja concluída e aprovada, que a Reforma da Previdência caminhe no Congresso Nacional e que haja maior controle do déficit público.

Fonte: Correio Paulista

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