Mercado Imobiliário É Cego Para O Potencial Público GAY

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Infelizmente muitas pessoas e até empresas tratam o tema de forma pejorativa, ou até mesmo discriminatória. Algumas marcas têm receio, outras até medo, de criar uma comunicação específica para os gays. Isso acontece, pois o Brasil segue dogmas estabelecidos pelas religiões, muitas pessoas e várias regiões do país ainda são conservadoras, até por parte de alguns políticos há uma grande discriminação contra os homossexuais.

Sou corretor em Juazeiro do Norte e região Cariri do Ceara, muito conhecido pela religiosidade e a famosa estátua do Padre Cícero. Nas portas do comercio da região é tradição ter uma estátua do Padre Cícero como também imagens do religioso nos matérias de publicidades.

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Mais voltando ao assunto preconceito, lembro muito bem quando gerenciei uma imobiliária especializada em loteamentos de alto padrão que estava se instalando aqui na região e observei que não existia nenhuma imagem do Padre Cícero no seu material de publicidade, mesmo o loteamento estando localizado aos pés do monte onde localiza a estátua.

Na minha inquietude reuni com a equipe de marketing para fazer uma reestruturação do material e para minha surpresa descobri que o motivo de não existir a imagem do Padre Cícero era que a chefe do marketing era uma evangélica e na concepção dela não deveria utilizar a imagem do religioso.  Falta de estudo de mercado e profissionalismo.

Mais voltando ao público gay os números não mentem, se não vejamos. O potencial de consumo do público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) ainda não é explorado pelo mercado imobiliário como poderia. Com uma população estimada em 18 milhões de pessoas no Brasil, 78% dos gays tem cartão de crédito e gastam até 30% mais em bens de consumo do que os heterossexuais. A renda elevada se explica pelas classes sociais em que estão inseridos: 36% pertencem a A e 47% a B, segundo pesquisa da Insearch tendência e estudos de mercado.

Segundo Estudos de 2015 o potencial de compras LGBT é estimado em R$ 419 bilhões no Brasil, o que equivale a 10% do nosso PIB. Mundialmente falando o público LGBT tem potencial financeiro estimado em U$$ 3 trilhões, valor equivalente a todo PIB da França.

O número oficial é subavaliado, já que nem todos se declaram homossexuais — explicou Reinaldo Gregori, sócio da consultoria Cognatis, que fez um estudo sobre o mercado gay.

No Brasil, os bancos foram um dos setores pioneiros a falar com esse público. Nos anos 2000, o Banco Real já oferecia a possibilidade de que duas pessoas do mesmo sexo compusessem renda para ter acesso ao crédito imobiliário. O Santander, que comprou o Real, manteve a política de que casais gays somem a renda para a compra da casa própria.

O desenvolvimento de produtos, serviços ou ações de marketing específicos para o público LGBT não precisam ser complexas e passar por grandes revoluções na forma de atuação. Iniciativas do Banco Itaú são exemplos de que geraram respostas positivas. A instituição vem dialogando nas redes sociais de forma natural com os gays.

De forma mais institucional, o banco também permite o financiamento imobiliário com duas pessoas solteiras do mesmo sexo em conjunto, mesmo que não haja relação de parentesco entre si. A possibilidade abre precedentes antes impensáveis pelos gays. Após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de legalizar a união estável, pesquisa realizada pela inSearch indicou que dos 58% que têm parceiro fixo, 19% deles pretendem comprar um imóvel financiado no nome do casal.

Como corretor  realizei uma ação voltado para o mercado gay na minha região no final de 2015. É exatamente a imagem do outdoor que ilustra o tema deste artigo com a frase “O MELHOR LAR É AQUELE QUE ABRIGA TODOS OS SEUS SONHOS!” VENDA DE IMÓVEIS PARA TODOS OS TIPOS DE FAMÍLIA! e acompanhado com uma foto de uma casal gay com uma criança. O resultado rendeu visibilidades positivas e vendas.

outdoor-homoafetivo

As modificações, no entanto, não precisam necessariamente ser agressivas. As empresas tem de captar a essência do desejo dos homossexuais. “Não adianta só querer investir ou vender um negócio apenas no papel. Tem que comercializar bem, saber conversar, respeitar e recebê-los bem. Caminhou-se muito, mas ainda há um longo período para caminhar. É a hora do mercado imobiliário saírem do armário”.

“É preciso coragem para ser diferente e muita competência para fazer a diferença”.

Enfim, dado o recado: empresas e profissionais corretores de imóveis, acordem! Gays têm dinheiro e se vocês o querem, façam por merecer!

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