Crédito imobiliário: setor aponta alternativas à poupança

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São Paulo, SP – Enquanto, entre julho de 2010 a julho de 2011, a poupança dos brasileiros cresceu 15%, os financiamentos imobiliários elevaram em percentual de 55%, no comparativo do primeiro semestre deste ano  com igual período anterior. A disparidade reforça o que vem sendo discutido pelo mercado nos últimos dois anos, com frequência, que é a necessidade de consolidar novas fontes de financiamento para o crédito habitacional, tema abordado (quinta-feira, 11) pela Comissão da Indústria Imobiliária (CII) durante o 83º Encontro Nacional da Indústria da Construção, que acontece no World Trade Center (WTC) até esta sexta-feira (12).

Participando do painel que discutiu o tema, Dyogo Henrique de Oliveira, secretário Adjunto do Ministério da Fazenda ressaltou que, conforme discutido amplamente com diversos agentes do setor da construção, diante do cenário que aponta a tendência de esgotamento dos recursos da poupança, destinados ao financiamento imobiliário, uma das alternativas em análise é o melhor aproveitamento dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI’s), hoje vinculados, em grande parte, a imóveis comerciais. Além disso, de acordo com Oliveira, a desindexação da economia é fundamental para o desenvolvimento e ampliação de novos sistemas de financiamento imobiliário.

Durante o painel, o diretor executivo da Associação brasileira das Empresas de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Felipe Pontual, destacou que o Brasil conta com uma excelente vantagem competitiva, porque os índices de inadimplência são extremamente baixos, o que torna atrativo o mercado de títulos.

“Criar novos títulos, como a Letra Financeira Imobiliária (LFI), de funcionamento similar ao Covered Bond  pode ser uma solução interessante. De toda forma, cada vez mais será um desafio atrair o investidor sem afastar o mutuário”, alertou Pontual.

De sua parte, o vice-presidente da Brazilian Mortgages Grupo Ourinvest, Fábio Araujo Nogueira, defendeu a securitização como principal alternativa aos recursos da poupança. “Temos uma oportunidade única de desenvolver o mercado de securitização imobiliária no Brasil. Essa alternativa sempre esteve à sombra da caderneta de poupança. Precisamos alavancar o CRI, já que há um grande potencial de crescimento deste recurso”, opinou Nogueira.

Com informações do SindusCon-SP

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