O Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo Creci-SP requereu ao jornal Valor Econômico retratação pública acerca da veiculação de comprometedora matéria relativa ao ramo imobiliário, intitulada “Hubbers chega ao mercado paulista como a 1a imobiliária sem corretores”.
“Divulgar tal prática como uma atividade regular no mercado imobiliário é o mesmo que promover a abertura de um hospital que não necessite de médicos para o atendimento, ou de uma construtora que não exija a presença de um engenheiro em suas obras”, advertiu o presidente do Creci-SP, José Augusto Vianna.
Segundo a matéria, a star-up Hubbers Real Estate chegaria ao mercado paulistano, com a promessa de ser a primeira imobiliária sem corretores. Inspirada nos modelos de inovação do Uber e do Airbnd, a empresa, que requereu sua inscrição no referido Órgão como pessoa jurídica em junho passado, se propõe a ser um “hub” que conectaria, diretamente, vendedores a potenciais compradores.
Risco à sociedade
Vianna lembrou que a intermediação imobiliária sem a participação direta de corretor de imóveis é proibida por lei e lamentou a falta de prudência, ao se promover a divulgação de matéria dessa natureza à revelia do Creci-SP, contrariando o princípio do contraditório no bom jornalismo, pondo a sociedade em risco, no que diz respeito ao seu patrimônio imobiliário.
Assim que tomou conhecimento do fato, a Coapin do Creci-SP suspendeu o processo de inscrição da empresa e notificou seus sócios a prestarem esclarecimentos. Estes afirmaram que a matéria não espelha o modo que a empresa operará, com respeito às normas que regulam a atividade dos corretores de imóveis e não terem qualquer responsabilidade sobre a interpretação dada pelo jornal.
A empresa também negou que se trate de “imobiliária sem corretores”, se disse surpreendida pelo título da reportagem e assumiu o compromisso de atuar através de corretores devidamente inscritos neste Conselho assim que der início às suas atividades.
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