Conselho do FGTS amplia teto do Minha Casa, Minha Vida e libera orçamento

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Conselho do FGTS amplia teto do Minha Casa, Minha Vida e libera orçamento

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou, em reunião nesta terça-feira (11), o aumento do valor máximo dos imóveis financiados pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). A decisão, que beneficiará famílias de baixa renda em todo o país, eleva o teto de financiamento para até R$ 275 mil, dependendo do porte do município.

A medida, aprovada por unanimidade, busca ampliar o acesso à moradia popular e acompanha a atualização do orçamento do FGTS para 2026, que será de R$ 160,2 bilhões um crescimento de 5,4% em relação a 2025.

📈 O que muda com a nova atualização do Minha Casa, Minha Vida

Com a decisão do Conselho, as famílias das faixas 1 e 2 do programa ou seja, aquelas com renda mensal de até R$ 4,7 mil poderão adquirir imóveis de maior valor, ampliando o leque de opções disponíveis no mercado.

O novo teto de financiamento varia conforme o tamanho da cidade:

🏙 Municípios com mais de 750 mil habitantes: de R$ 264 mil para R$ 275 mil;
🌆 Municípios entre 300 mil e 750 mil habitantes: de R$ 250 mil para R$ 270 mil;
🏘 Municípios entre 100 mil e 300 mil habitantes: de R$ 230 mil para R$ 245 mil.

Ao todo, 263 municípios brasileiros serão diretamente beneficiados com o reajuste.

Nas áreas rurais, o novo limite contempla famílias com renda anual de até R$ 66 mil, garantindo mais equilíbrio entre as diferentes regiões do país.

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💬 Quem é beneficiado

O aumento no teto de financiamento beneficia diretamente as famílias das faixas 1 e 2 do Minha Casa, Minha Vida, que representam o público de menor renda atendido pelo programa:

  • Faixa 1: famílias com renda mensal de até R$ 2.850;
  • Faixa 2: famílias com renda entre R$ 2.850 e R$ 4.700.

Com o reajuste, será possível financiar imóveis mais próximos dos centros urbanos e com melhor infraestrutura, reduzindo o déficit habitacional e melhorando o padrão das habitações populares.

💰 Novo orçamento do FGTS para 2026

Na mesma reunião, o Conselho aprovou o orçamento operacional, financeiro e econômico do FGTS para o ano de 2026, no valor de R$ 160,2 bilhões. O montante representa um aumento de 5,4% em relação ao orçamento de 2025.

A distribuição dos recursos ficou definida da seguinte forma:

  • R$ 144,5 bilhões destinados à habitação sendo R$ 125 bilhões voltados à habitação popular;
  • R$ 8 bilhões para saneamento básico;
  • R$ 8 bilhões para infraestrutura urbana;
  • R$ 12,5 bilhões para subsídios a famílias de baixa renda, um valor superior aos R$ 12 bilhões previstos anteriormente.

Esses recursos serão fundamentais para financiar novas moradias, ampliar subsídios e reduzir o custo de aquisição da casa própria para famílias de menor renda.

🏠 Aumento de subsídios e foco na Região Norte

De acordo com o Conselho Curador, o aumento orçamentário permitirá ampliar o valor dos subsídios habitacionais, com atenção especial à Região Norte, onde as famílias poderão receber até R$ 65 mil na compra da casa própria a partir de 2026.

Nas demais regiões do país, o valor máximo do benefício permanecerá em R$ 55 mil. Essa diferenciação busca equilibrar as condições regionais e compensar os custos logísticos e estruturais mais altos em áreas com menor oferta habitacional.

🏗 Planejamento plurianual do FGTS

A reunião, presidida pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, também aprovou o planejamento plurianual do FGTS para o período de 2027 a 2029.

As previsões indicam:

  • R$ 144,5 bilhões em 2027;
  • R$ 139,5 bilhões para os anos de 2028 e 2029.

Esses valores reforçam o compromisso de longo prazo do governo em sustentar o ritmo de investimentos no setor habitacional, priorizando o Minha Casa, Minha Vida e as obras do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

🧱 Medidas para aquecer o setor imobiliário

A decisão do Conselho do FGTS integra um pacote de medidas voltadas ao fortalecimento do mercado imobiliário e ao aumento da oferta de crédito habitacional.

Nos últimos meses, o governo também anunciou uma nova linha de financiamento para a classe média, com condições diferenciadas e juros mais competitivos.

Além disso, o Governo Federal já havia autorizado, em outubro, o aumento do teto do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) que passou de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.

Embora essa medida seja voltada para outro público, ela demonstra a intenção de ampliar o acesso ao crédito imobiliário em todas as faixas de renda, movimentando construtoras, incorporadoras e o setor de intermediação imobiliária.

🏡 Impacto no mercado e novas oportunidades

A elevação dos tetos do Minha Casa, Minha Vida deve estimular a construção civil, valorizar imóveis populares e gerar novas oportunidades para corretores de imóveis, principalmente em cidades médias e grandes.

Com o aumento dos limites de financiamento, mais famílias poderão se enquadrar no programa, e novos empreendimentos poderão ser lançados dentro dos parâmetros do FGTS, impulsionando o mercado habitacional em 2026.

O reajuste dos tetos do Minha Casa, Minha Vida e o novo orçamento do FGTS reforçam o compromisso do governo em garantir moradia digna e acessível à população de baixa renda, além de estimular o crescimento do setor imobiliário.

Com mais recursos disponíveis e condições de crédito mais flexíveis, o programa segue como um dos principais motores da política habitacional brasileira, beneficiando milhões de famílias e fortalecendo toda a cadeia do mercado imobiliário.

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