A diversificação de investimentos sempre é o caminho seguro, com o sobe e desce do mercado financeiro. Diante do novo cenário da bolsa de valores – especialmente quando não estamos dispostos a ter a adrenalina ativada neste momento – os especialistas indicam a busca pelo dito “Porto Seguro”. Ou seja, a resposta imediata passa a ser investir em ativos fortes e sólidos, com tranquilidade e ainda mais segurança, sem abrir mão da rentabilidade. Basta observarmos o comportamento da moeda americana nos últimos dias. No Brasil, também se converte como “Porto Seguro”, o mercado imobiliário.
Ao fazer uma curta retrospectiva dos últimos dias, temos uma semana tensa no mercado financeiro. Nesse contexto, a bolsa de valores apresenta instabilidades diante de uma descida frenética e as tentativas de recuperação. Motivado pelo colapso dos preços do petróleo e o avanço do coronavírus, as oscilações externas arrastaram para baixo os indicadores das bolsas pelo mundo, e aqui não seria diferente.
Nesta última terça-feira, o Ibovespa – principal índice da Bolsa brasileira – fechou em alta de 7,14%, aos 92.214,47 pontos, na maior valorização diária desde 2009. No entanto, essa recuperação mostrou-se parcial, diante do tombo histórico de mais de 12%, registrado no início desta fatídica semana para o mercado financeiro.
De outro lado, se o mercado de investimentos ainda continua assustando, o momento é propício para mudar a rota dos investidores. O olhar especial deve se voltar para o mercado imobiliário, diante do fato de que a inflação permanece controlada, assim como a perspectiva de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), e claro, as taxas de juros despencaram nos últimos anos, favorecendo os investimentos imobiliários em longo prazo.
Para o gerente de Planejamento do Grupo São Benedito, Heitor Barua, é preciso analisar de forma macro o setor da construção civil, por exemplo, para ter a certeza que este mercado fica protegido, mesmo diante das incertezas da bolsa. “O cenário é favorável para a construção civil no Brasil e em Mato Grosso, o setor fechou 2019 e abriu 2020 com otimismo. A atual conjuntura econômica foi determinante para o bom desempenho, que permitiu a franca recuperação, com taxas de juros mais competitivas e a flexibilidade em contratos. E mais, fora da esfera do mercado financeiro, o segmento também se mostra criativo e receptivo”, avalia.
Barua reforça a perspectiva de crescimento apresentada pelas principais entidades do segmento. Para a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), o setor deve crescer 3% neste ano, isso representa um potencial para criação de 150 mil a 200 mil postos de trabalho. “Não há que se falar em freio, diante de um investimento tão seguro como imóvel”, define.
Reduzir o risco de perdas é a palavra-chave, por isso o segmento imobiliário se mostra fortalecido, nem mesmo o abalo que atingiu o segmento no período mais crítico da crise econômica, anos anteriores, se reverteu em danos irreversíveis, ou impactantes em mato Grosso. “O segmento se manteve em pé, pois é estratégico e forte. Conseguiu fôlego para preparar um terreno fértil para este ano, e assim seguirá com lançamentos e condições especiais para a concretização de negócios”, finaliza Barua.
Claro que, assim como não é qualquer moeda a ser considerada Porto Seguro, o mesmo cuidado devemos ter na escolha do imóvel, buscando localizações, projetos de qualidade, condições que permitam a blindagem patrimonial, aliada à expectativa real de ganho.
Fonte: Jornal o Livre