Saiba como financiar imóveis usados com as novas regras da Caixa, que volta a liberar até 80% do valor do imóvel e facilita o acesso ao crédito imobiliário no Brasil.
A Caixa Econômica Federal retomou o financiamento de até 80% do valor dos imóveis usados, um movimento que deve facilitar o acesso ao crédito habitacional e incentivar novas negociações em todo o país. A medida passou a valer em 25 de outubro e integra o pacote de ajustes recentes nas regras do crédito imobiliário.
Além do aumento do percentual financiado, o limite para enquadramento no Sistema Financeiro da Habitação (SFH) foi ampliado de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, permitindo que imóveis com valores mais elevados também se beneficiem de condições mais competitivas.
Essas mudanças foram possíveis graças à reformulação do uso dos recursos do FGTS e da poupança, que passaram a oferecer maior disponibilidade financeira aos bancos para novas contratações.
Por que isso importa?
Ao elevar de 70% para 80% a cota financiada, o comprador precisa de menos entrada para adquirir um imóvel. Isso é especialmente relevante para quem tem renda estável, mas dificuldade em acumular o valor inicial necessário.
📌 Veja o impacto em um exemplo prático:
| Valor do imóvel | Antes (70%) | Agora (80%) |
|---|---|---|
| R$ 500 mil | Entrada de R$ 150 mil | Entrada de R$ 100 mil |
| Financiamento de R$ 350 mil | Financiamento de R$ 400 mil |
Essa diferença de R$ 50 mil pode ser utilizada para mobiliar o imóvel, quitar custos de documentação ou manter uma reserva financeira de segurança, algo cada vez mais recomendado pelos especialistas.
Condições de pagamento seguem atrativas
A Caixa mantém prazos de financiamento imobiliário de até 420 meses (35 anos), com taxas que variam conforme:
✅ tipo de linha (SBPE ou FGTS)
✅ relacionamento com o banco
✅ renda familiar
✅ perfil de crédito do comprador
Para famílias com renda mensal de até R$ 12 mil, enquadradas no programa Minha Casa, Minha Vida, as condições são ainda mais vantajosas, com juros menores e subsídios conforme a faixa de renda.
Quem pode se beneficiar mais das mudanças?
O retorno da cota de 80% deve impulsionar:
🏠 Compra de imóveis usados
Essas unidades geralmente apresentam preços mais acessíveis e entrega imediata, fatores decisivos para quem não quer esperar uma obra.
🧩 Famílias em ascensão econômica
Renda intermediária passa a ter condições mais adequadas ao orçamento.
🔁 Troca de imóvel
Quem deseja mudar de bairro ou para uma moradia maior terá maior facilidade para financiar a diferença.
Documentos necessários para solicitar financiamento imobiliário
A lista segue simplificada, exigindo apenas uma folha com os principais comprovantes:
- Documento de identificação (RG, CPF ou CNH)
- Comprovante de residência atualizado
- Certidão ou comprovante de estado civil
- Declaração de Imposto de Renda (se houver)
- Comprovantes de renda (últimos dois meses)
- Carteira de trabalho ou equivalente
Após análise, o banco avalia a capacidade de pagamento e o imóvel escolhido.
Reflexos esperados no mercado imobiliário
O mercado imobiliário vinha enfrentando um cenário de juros elevados e maior seletividade do crédito. Com mais recursos disponíveis e exigência menor de entrada, a expectativa é de:
📈 aquecimento nas vendas, especialmente de imóveis usados
💼 mais negócios para corretores e incorporadoras
💰 valorização gradual de preços em mercados já aquecidos
Cidades com forte demanda habitacional e boa oferta de serviços como Joinville, Fortaleza, Goiânia, Salvador e regiões metropolitanas devem sentir o impacto positivo mais rapidamente.
Atenção ao planejamento financeiro
Mesmo com o avanço nas condições de financiamento, especialistas reforçam que o comprador deve:
- manter a parcela dentro do limite recomendado de 30% da renda
- analisar o custo total do crédito e os seguros obrigatórios
- comparar modelos de amortização (SAC x Price)
- considerar portabilidade futura se houver queda de juros
Comprar um imóvel é uma decisão de longo prazo e merece análise cuidadosa.
A volta do financiamento de 80% do valor do imóvel usado é uma boa notícia para quem planeja sair do aluguel ou busca ampliar o patrimônio. As novas regras tornam o crédito mais acessível e contribuem para fortalecer toda a cadeia imobiliária.
Para corretores de imóveis, o momento é ideal para retomar clientes que estavam aguardando melhores condições de entrada e apresentar novas oportunidades com base no perfil financeiro de cada comprador.



