O aquecimento do mercado imobiliário brasileiro não chega a ser uma  novidade. O lançamento de programas habitacionais do governo e o forte  investimento em empreendimentos privados já fizeram com que se  observasse a falta de profissionais nos canteiros da construção civil.  Agora, a outra ponta do setor começa a sentir o déficit na mão de obra. O  atual contingente de corretores de imóveis em atividade é considerado  insuficiente por alguns especialistas. Outros acreditam que a quantidade  é suficiente, mas haveria carência em qualidade. Uma unanimidade,  porém, é confirmada por ambas as partes: o panorama é positivo para a  profissão.
Aproximadamente 260 mil profissionais estão registrados  no Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), sendo que 210  mil desses realmente atuam no segmento, segundo dados da própria  entidade. O volume é alto, mas não dá conta do ritmo de vendas  verificado hoje. “O número de corretores no Brasil sempre foi aquém da  nossa necessidade, e, com o atual cenário, sabemos que as imobiliárias  têm muita necessidade e também dificuldade em encontrar mão de obra”,  afirma o presidente do Cofeci, João Deodoro. 
De acordo com ele, o  crescimento médio de registros no conselho ficou na casa dos 10% nos  últimos três anos, sendo que somente em 2009 esse índice foi acrescido  em 11,5% em relação a 2008. Os números apontam para o crescente  interesse pela atividade, impulso causado pelo bom momento vivido pelo  setor. “Em 2010 esperamos um incremento ainda maior. Tem muita gente  entrando nessa carreira.”
Na Brasil Brokers, um dos maiores grupos  em consultoria imobiliária da América Latina, a equipe de corretagem  cresce em ritmo constante. Em todo o Brasil, a expectativa é que 1,6 mil  novos colaboradores sejam incorporados ao quadro de corretores até o  fim do ano. Atualmente, a rede já conta com mais de 10,5 mil  profissionais do segmento. “O mercado realmente vive um momento de  crescimento e com os lançamentos começa a ter mais contratações e faltar  gente no mercado”, explica o superintendente de recursos humanos da  empresa, Maurício Seixo. Apesar disso, o executivo garante que não há  dificuldade de recrutar novos talentos, tamanho o volume de interessados  em adentrar no ramo de vendas imobiliárias. Segundo ele, um  profissional comprometido com seu desempenho consegue atingir bons  ganhos em médio prazo. 
Entre as características fundamentais para  o sucesso na corretagem, destacam-se itens inatos como boa apresentação  e comunicação, além de questões como conhecimentos gerais e específicos  do ramo, que dependem da busca por informações do próprio profissional.  Exigências técnicas também são requisitos básicos. É preciso ter  diploma de curso técnico ou superior em transações imobiliárias para  obter registro nos conselhos regionais de corretores de imóveis.
fonte: http://jcrs.uol.com.br
 
                 
 
		 
