Aumenta a demanda por usado de até R$ 160 mil

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Os imóveis usados com preços acima de R$ 200 mil foram os mais comercializados no Grande ABC em julho. Foram responsáveis por 35% de participação no total de vendas. Mas o destaque ficou para as unidades com preço entre R$ 141 mil e R$ 160 mil, que deram um salto. Em junho, representavam apenas 8% do mercado da região e no mês seguinte contribuíram com 18% da comercialização do mês. E em julho de 2010, esse percentual era de 17%.

Se comparado com o resultado da Capital, os compradores da região foram beneficiados. Isso porque em São Paulo, 76% dos imóveis vendidos custaram mais de R$ 200 mil. E a faixa de R$ 141 mil e R$ 160 garantiu apenas 6%.

O resultado contraria o cenário atual do mercado imobiliário do Grande ABC. Por causa da demanda aquecida, a valorização chega a ser mensal. E por isso os preços, por todos os bairros, estão inflados. “E tem de procurar muito para achar um imóvel bom de até R$ 160 mil”, destacou o delegado regional do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo, Alvarino Lemes.

EMEle explicou que os interessados por uma casa não terão tanta sorte. Esse tipo de imóvel com preços abaixo de R$ 200 mil, na região, está escasso, garantiu Lemes. “Até em bairros mais afastados a valorização está enorme.”

As informações sobre os imóveis mais vendidos são de pesquisa do Creci-SP, que tem defasagem de três meses. Lemes acredita que hoje, os imóveis que foram vendidos por até R$ 160 mil podem valer bem mais. E arriscou valorização de até R$ 10 mil no período, dependendo da localização.

Para realizar o estudo, o Creci-SP coletou informações com 1.478 imobiliárias de 37 cidades, o que representa 19% do total de empresas cadastradas no Estado. Para o Grande ABC, a entidade considera empresas de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema. Os resultados são do grupo das quatro cidades mais Guarulhos e Osasco.

QUEDA – Julho foi o segundo mês consecutivo do ano com recuo nas vendas de usados na região, com percentual negativo de 26% sobre junho.

A projeção de vendas do Creci-SP, para o grupo das quatro cidades do Grande ABC mais Guarulhos e Osasco, foi de 571 imóveis vendidos em julho. No mês anterior eram 775. No sétimo mês de 2010 o registro também foi superior ao deste ano, com 630 vendas.

Para o especialista do setor da Consult Imóveis, Ricardo Almeida, junho e julho, junto com dezembro e janeiro, são meses em que é comum a oscilação, por serem períodos de férias.
“Normalmente as mulheres que dão o aval sobre a escolha do imóvel. E nas férias elas estão mais preocupadas com os filhos ou estão viajando”, argumentou, como um dos fatores para o baixo resultado.

Pedro Souza

Fonte: Diario do Grande ABC

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