Alugar um imóvel proporciona flexibilidade e ainda pode ajudar a poupar dinheiro.
Não há como definir qual a melhor opção, se é o aluguel ou o financiamento do imóvel. A escolha depende de vários fatores, como situação financeira da família, valor do aluguel, prazo do financiamento, capacidade de poupança e renda familiar. “O aluguel é mais flexível e o financiamento garante mais segurança, já que no final o imóvel será da família. O ideal é analisar todas as variáveis”, ressalta o advogado imobiliário Carlos Samuel Oliveira Freitas, diretor de condomínios da PRIMAR Administradora de Bens.
A flexibilidade é uma das principais vantagens do aluguel. Os recém-casados e os que estão no início da vida profissional pode se beneficiar da possibilidade de mudar de endereço, cidade, estado ou país com facilidade. “O contrato de aluguel residencial normalmente tem a validade de 30 meses, mas é possível rescindi-lo antes do tempo, desde que seja paga a multa prevista no contrato, ou ainda negociando com o proprietário. É bem mais fácil e rápido finalizar o contrato de aluguel do que colocar o imóvel para vender, encontrar o comprador e realizar o negócio”, observa.
Outro ponto a favor do aluguel é o atendimento rápido das necessidades da família. Caso a quantidade de pessoas aumente e o imóvel não comporte toda a família, basta procurar uma casa ou apartamento maior e se mudar. “Por outro lado, se a residência ficar grande demais é só procurar um imóvel com menor número de cômodos. Além de ficar mais confortável, o valor do aluguel – dependendo da localização e de suas características – pode ficar mais barato”, destaca o especialista.
Quem ainda tem dúvidas sobre qual a melhor opção para a casa própria – se é casa ou apartamento, o melhor bairro e o tamanho mais adequado – pode se beneficiar do aluguel. Enquanto as opções são analisadas, a família pode se acomodar em uma casa alugada. “Comprar um imóvel é uma decisão que tem consequências a longo prazo. O pagamento pode se prolongar por vários anos, o bem sofre depreciação e a moradia fica fixa, com menores possibilidades de deslocamento”, afirma.
Um pensamento muito comum quando se fala em aluguel é a ideia de que o dinheiro está sendo jogado fora, pois as mensalidades não têm fim e o imóvel não será do inquilino. Freitas aponta que o fato de não ter o bem para si não significa que o dinheiro está sendo desperdiçado. “O aluguel pode ajudar a poupar dinheiro. Com um pouco de disciplina e determinação é possível juntar um valor X e fazer aplicações financeiras. Depois de um tempo o rendimento pode ser usado para pagar o aluguel e o valor investido continua reservado”, explica.
Pagar aluguel ainda pode deixar a família em um patamar mais alto, pois há a possibilidade de alugar um imóvel de padrão melhor do que seria possível com a compra do bem. Sem contar que inquilino não precisa se preocupar com os custos de manutenção, que em sua maioria são de responsabilidade do proprietário. “Mesmo tendo que pagar os reajustes que são sempre anuais, o valor não se compara aos custos para manter um imóvel em bom estado, reduzindo a sua depreciação ao longo do tempo”, esclarece.
Com tantos prós, as desvantagens do aluguel ficam menos evidentes. O comprometimento de até 30% da renda para o pagamento da mensalidade, o desgaste da relação entre o inquilino e o proprietário e a necessidade de deixar o imóvel se o dono desejar já não parecem ser obstáculos tão grandes assim. “Se o locador pedir o imóvel, o locatário tem um prazo para se organizar, procurar outra moradia e fazer a sua mudança, não é de um dia para o outro. Dependendo das características da família, no final das contas o aluguel pode ser a escolha mais vantajosa”, acrescenta.
Primar Administradora de Imóveis
Site: http://www.primaradministradora.com.br